Foto de uma historinha em quadrinhos
tirada de uma bicicletaria de Washington DC.
Já faz 10 dez dias que isto aconteceu. E há 3 três, venho concluindo a redescoberta do óbvio.
No domingo, 26 de maio eu pedalei de casa até Mogi das Cruzes. Exatos 64kms que separam meu lar do lugar onde a Cris Soldera (meu amor) treina o esporte dela toda semana.
Decidi no dia, porque era algo que eu estava me perturbando (promessa que não se cumpria nunca). E fui. Arrumando as tralhas, imaginei-me sentido um alívio por ter feito algo que eu estava me devendo. Cumpri a minha promessa. Pedalei até Mogi, 64kms em 2h40min. Excelente.
Mas passados 5 dias do feito. Fiquei lembrando. Pensando em como tinha sido o durante. Lembrando a auto estrada. Lembrando da Serrinha de Mogi. E lembrando, principalmente, como curti as quase três horas de pedal. Lembrando como realmente aquilo me deixou feliz. Redescobrindo que eu amo, verdadeiramente, pedalar.
Puxa. Eu gosto mesmo de pedalar!!!! Eu amo pedalar uma bicicleta!!!!
E hoje eu li no blog Bike Fixa Brasil http://bikefixabr.blogspot.com.br um trecho que se encaixa nesse sentimento:
“Um dia a moda das fixas vai acabar, e vai ficar mais parecida com o que aconteceu com as BMX, vai virar um nicho de mercado. Dominado por aqueles que a primeira preocupação é curtir pedalar despreocupadamente sem marchas e outras distrações (‘estaile’ etc.)”
Créditos: http://bikefixabr.blogspot.com.br/2013/05/atingimos-marca-de-200-mil.html
Eu amo pedalar, o que me marcou foi a estrada, o tempo que fiquei nela curtindo. Não a roda fixa (claro que amo a minha bike, mas o que transcende é o pedalar).
Fui num cicle comprar um pedal novo para a Emília.
* * *
Eu: queria um pedal plataforma, tipo BMX, vocês tem?
Atendente: Temos, rosca inglesa ou sueca?
Eu: Cuma?? Traduz por favor.
Atendente: Rosca grossa ou Rosca fina?
Eu: Sei lá cara! Vou tirar o pedal e trazer para você ver.
* * *
Tirei o pedal, mas eu não tinha nenhum parâmetro para comparar se aquela rosca era grossa ou fina… pesquisei na Internet, e custei achar alguma informação. Nem foto das duas roscas juntas eu consegui achar.
Então segue ai o macete:
– Eixo 9/16, também conhecido como Rosca Grossa ou Rosca Inglesa é de uso específico em pedivela tipo ponta quadrada.
– Eixo 1/2, também conhecido como Rosca Fina ou Rosca Sueca é de uso específico em pedivela monobloco.
* * *
Em tempo, Emília é inglesa, praticamente uma Lady.
Como diria Sócrates, tudo que sei é que nada sei. Uma informação básica como essa, eu não conhecia.
Pensei se não vou na Corrida Sagrada, vou como a fé manda: a pé!!!
Que a pé???….. fui com pé no pedal, com uma companhia “daquelas”….. Melhor impossível!!
No Campo Grande com uma parte da turma
Hoje eu tive a convicção de que quem tem fé vai como quer!!! e do jeito que quer, com a roupa que quer e com a promessa que deseja. Eu estava era com a cabeça muito boa quando decidi ir de bike.
Mal dormi, durante a madrugada toda hora acordava achando que já era a hora de levantar. Eu não via a hora de estar nesta grande festa. Às 5:00 já estava de pé e como combinado às 6:15 no Português (Pituba) a espera do Renato – depois de já ter calibrado os pneus no posto.
Da Pituba, eu e o Renato descemos ao encontro de Joci e João no Rio Vermelho, de onde seguimos para o Campo Grande para encontrar com os demais Amigos de Bike. Pegamos Rio Vermelho….e fomos seguindo.
ÔH ÔHHH… Após passar pelo monumento Clériston Andrade meus “coligados” começaram a não bater bem, a visão meio turva e comecei a perceber que algo não ia bem. Foi a Santa Hora que Lucia Saraiva (Amigos de Bike) ia passando de carro com sua bike para se juntar ao pessoal no Campo Grande.
Não deu outra, avisei ao Renato que minha pressão estava baixa. O mesmo soltou um grito para segurarem Lucia e rapidinho subiram minha bike para o carro, onde também fui rebocada… risos! Naquela hora eu não enxergava absolutamente nada. Havia me alimentado bem até demais (2 xícaras de salada de fruta, cuscuz com carne assada e 1 xícara de café) e não sabia o motivo da queda de pressão. Na chegada ao Campo grande tomei um leite com sal, comi barrinhas mas ainda sem enxergar nada. Tava tudo turvo.
Foi a hora que decidi que iria embora. O pessoal começou a se mobilizar para descer para a Contorno e seguiram. Fiquei quase que praticamente “perdida”, não por uma pessoa. Que decidiu voltar e ficar comigo. O Renato. Affff… se não fosse Renato. Eu mal conseguia segurar minha bike. Não conseguia subir no passeio. Tava parecendo o bebum do youtube (clique no link).
Ele disse Dart “Respira”, deixa que eu seguro a bike e bora tentar ir andando aqui pelo outro lado. Na caminhada mesmo. Antes paramos para que eu tomasse uma coca-cola para ver se reanimava. Foi dito e certo. Santa coca-cola que foi reanimando. Do Campo Grande ao Bonfim devia ser uns 9 a 10km.
Cortando o caminho pelas ruas detrás do Campo Grande, mas sem deixar de contemplar a bela paisagem da Baía de Todos os Santos
Parecia que era calor. Quando eu digo que não me dou bem com calor…. Tirei metade da roupa, manguito, camiseta Baleias, mochila e dei o para segurar. E na tentativa descemos devagar de bike pela ladeira da Contorno e ruas por detrás do Campo Grande. Que contorno, ele que me contornou dizendo “Dart agora é só ladeira, você consegue. Vamos tentar”.
Subi na bike e fui com a mão no freio e devagar, por que se ocorresse uma queda seria amena. risos!!! Mas nada de queda e o povo já estava a nossa espera na Igreja da Conceição da Praia de onde saía o cortejo da Lavagem do Bonfim.
Todos a postos, uma primeira parada para o pessoal fazer um lanche e pé no pedal…
Logo em seguida pedal, e parada na Praça Riachuelo
onde ficamos assistindo o cortejo para depois segui-lo, passando pelas ruas detrás.
Ainda na Praça Riachuelo
A gente pelas ruas detrás por onde passava o cortejo
O cortejo. Segundo G1 reunião cerca de um milhão de pessoas.
Nossa eu confesso, não há emoção maior que receber um banho de cheiro no cortejo da Lavagem do Bonfim. Não há emoção maior que ser baiana e bater a mão no peito e dizer eu AMOOOOO esta cidade, este povo, as nossas festas. Eu AMOOOO ser BAIANA. Viver as festas de largo, e da nossa terra é bom demais. A Lavagem do Bonfim não tem igual. É quase uma prévia de carnaval. Uma mistura. O religioso que se mistura com profano, mas que demonstra a verdadeira sociedade que vivemos. Não tem igual.
Da Riachuelo seguimos ao Bonfim, sem paradas e sem me sentir mal. Santa Coca-cola!!! Emoção grande foi na chegada ao Bonfim. O Hino do Bonfim faz qualquer um chorar, e ainda mais do percalço que foi chegar. Estar no Bonfim é SAGRADO demais. Obrigado meu Senhor do Bonfim, por mais um ano. Um ano de glória e pela felicidade que é estar neste lugar bem acompanhada.
Quase que sem roupa já, mas feliz, feliz da conta!!!
“Nesta Sagrada Colina, canção da misericórdia. Dai nos a graça divina da justiça e da concórdia”.
Escute hino por Armandinho youtube.
Minha bicicleta linda está no vídeo promocional da loja. E de quebra já sei como fica com guidões bulhorn e drop e, principalmente, com um bom banho
Um regalo para (OS MEUS) olhos!!!!
Todos os créditos para quem os detêm! (State Bicycle Co)
Eu e Jaime na Sereia de Itapuã
DOMINGÃO, sem corrida, coisa bem esquisita. Acometida por esta falta no meu calendário, apesar de ter acontecido uma corrida hoje em Pituaçu, optei por pedalar. Ontem ainda a noite, enviei sms para um amigo dos pedais (Jaime) e combinei para pedalarmos hoje cedo.
Sai de casa às 7:20, pois havia combinado com o mesmo e com Miranilda na ciclovia da Pituba.Sendo assim demos partida do nosso pedal neste bairro. Encontramos Miranilda no posto BR próximo ao Sertão Bom. Fomos em direção ao Largo das Baianas para fazer o retorno e saímos sentido Itapuã. Como Miranilda não queria estender mais o pedal, além da Sereia de Itapuã eu e o Jaime retornamos com a mesma para o Largo das Baianas, onde tomamos uma água de coco e a deixamos com seu esposo;
Opa tomamos uma água de coco entre aspas ( eu como sempre, vou de duas) rsss!!! E isso ainda estava com a mochila de hidratação. Mas convenhamos, o sol estava de lascar. Cheguei a ter insolação na parte do pulso, isso de camiseta longa.
Com o intuito de pedalar um pouco mais. Ao nos despedirmos de Mira, eu e Jaime retornamos no sentido Itapuã… passando pelas varias praias de Salvador. Costa Azul, Corsário, Patamares… e paramos em Piatã para dar um mergulho no mar. Afinal não podíamos deixar de curtir aquele marzão lindo. Fora que de fato eu estou precisando de banho de sal grosso. Literalmente… risos!! (Esta semana retornamos as aulas da universidade, espero entrar com pé direito).
De Piatã retornamos (sim, de novo) para Pituba. Quanto vai e vem…. Maravilhoso!!! Conclui a manhã com 55.19km de pedal. Com velocidade média de 16.5k/h. E máxima de 30.1km/h.