Prefiro treinar sempre pela manhã. Dificil não desejar isso depois de ler o livro Semente da Vitória, do Nuno Cobra. Não consegui levantar na terça e na quinta (ontem) de madrugada sequer fui capaz de ouvir o despertador. Como comentei com o Alecão, à medida que meu sono vai melhorando, mais dificil também fica levantar com poucas horas de sono. É o meu organismo entrando nos eixos. Agindo e reagindo como o de uma pessoa normal. Esse pensamento, no decorrer do dia, deu-me um certo alento.

Três meses de blog e tenho a dizer que estou começando a sentir mudanças de postura e atitude, que estão mais espontãneas no que diz respeito às corridas. Ontem a noite, em casa, por exemplo, comecei a me alongar no tapete sala, enquanto conversava com a Mari. Esticava daqui, puxava de lá, e tentava, nos intervalos, executar a pranchinha ensinada pelo Thiago (as séries não passam de vinte segundo, quando o recomendado é um minuto, cada). Alongado e, mais do que aquecido com aquele calor todo, decidi correr. Mas na boa, porque deu vontade e não porque eu não tinha corrido nos dias e horas planejados. Simplesmente me joguei na rua. Sem relógio. Sem pressa. Passinho curto. Movimento de braço e postura ereta (ai minhas costas). Encontrei um amigo: o Edy. Corredor único, porque não conheço ninguém como ele, capaz de subir correndo de madrugada (05:00 hs)o Pico do Jaraguá, mesmo tendo jantado às 23:00 horas da noite anterior, um ultra mega porção de torresmo. Caminhamos uns 15 minutos, planos de treinarmos juntos de madrugada, o que para ele não é problema, e de lá parti no meu trotinho safado. Mas confortável. Desafiador no ponto certo, mas confortável. Muito mais confortável do que a caminhada da segunda-feira. Corri pela Avenida 1, que não se chama 1, antes que chegasse no fim dela, encontrei o meu vizinho Fábio, que não é o Namitu, mas o Yamamoto, que vinha da direção contrária, de bike. Até prometeu me acompanhar todas as quintas, se for a noite (ele não consegue nem quer tentar levantar de madrugada). O Japa é uma figura, mesmo fumante, subia correndo o Pico do Jaraguá puxando o skate, em cima do qual, desce alucinadamente por aquelas curvas mortais. Como eu dei meia volta para poder falar um pouco com ele, indaguei-o se aquele meu trote era safado demais, visto de longe. Como amigo, entusiasta e também feliz pela minha inciativa, acabou exagerando ao dizer que era até bonito. Depois se corrigiu dizendo que o que importava era que com o tempo o trote viraria corrida. Agora sim Cara Amarela.

Foram dois vai-e-vens pela Avenida Um, com as caminhadas do antes e depois. Eu não vi a hora que saí. Cheguei às 23:00 horas. Tomei um banho e ainda fui ao Extra fazer compras para casa. Pulei da cama hoje às 04:45 e meio zonzo vi que garoava e fiz as minhas contas. Bom. Seis horas de intervalo entre um treino e outro não teria problemas, mas só duas horas e meia de sono. Daí não dá. Voltei pra cama. Decisão sensata. Decisão correta.