Ana Shibata

      Ensaiamos mas ficou apenas na ensebação um treino durante o feriado prolongado do Carnaval.  As condições climáticas ditavam um findi prolongado para assistir um filme na TV ou DVD, acompanhado de pipoca ao lado das filhotas, aqueles dias de preguiça que são compensados para ficar curtindo a família.

      Estou meio assim, com preguicinha e nem posso dizer que é uma fase, estou mais para quem vai começar uma dieta num dia. Gostaria de ser igual aos nossos colegas, determinados, treinam sério e conseguem ótimo desempenho nas provas, mas não sou, acho que talvez precise mudar a cor do cabelo, quem sabe não mudo de idéia……….rs

      Assim, a semana passada foi curta com o feriado do Carnaval e nos trouxe uma sexta feira tenebrosa com um mega terremoto que assombrou a terra natal de meus avôs, seguido por um tsunami que devassou grandes áreas. As imagens que vejo cedinho ao acordar são de terror que em alguns minutos se transformam em temor com a notícia de que o reflexo do tsunami sofrido no Japão possa chegar aos EUA e depois na América do Sul, o que não aconteceria na intensidade prevista e que me deixou aliviada.

      As conseqüências dessa tragédia que são noticiadas todos os dias, me faz agradecer por morar num país abençoado e rezar por aqueles que perderam sua família, seus amigos, seus bens materiais, sofrem com escassez de alimentos, falta de iluminação, etc, etc.

      Enfim, o final de semana não seria de muito sol.

      Domingo logo cedo o maridão, no estilo sargentão me acordou às 7hs e um tanto chamando para correr no minhocão. Olhei pela janela e vi o tempo nublado, enrolei um pouco, conversamos outro tanto, depois veio a Syssi, e volta e meia o sargentão cobrava rapidez para tomar café para treinar.

      Fizemos nosso breakfast, o sargentão encheu o pneu da bike da Syssi, convidei a melinha para nos acompanhar nessa empreitada, enfim, quando saímos de casa eram quase 11 hs, tempo voou e nem percebi.

      O maridão me surpreendeu com a vontade de treinar, seguiu no seu trotinho e o perdi de vista, Sy pedalava e nos esperava, Melinha e eu começamos na mesma perna, depois parou para beber água e ficou mais atrás. Vejo depois o maridão voltando na mesma batida, eu já apresentava sinais de cansaço, pois subestimei o tempo, o sol já queimava nossos miolos e eu fiquei apenas na caminhada.

      Desta vez não consegui fazer o percurso todo, ou seja, ir de ponta a ponta do Minhocão, Melinha também não conseguiu o sol estava forte e o horário inapropriado. O maridão trotou todo o percurso que para mim não é novidade, ele faz seus treininhos durante a semana.

      Nosso treino/caminhada durou 54 min. de insanidade por fazê-lo em horário inapropriado, mas teve como prêmio um grande copo de caldo de cana bem gelado, uma ducha fria e a satisfação de ter conseguido reunir a família.

      Ah, meu tornozelo, zerado, ops, alguns km rodados, sem qualquer lembrança de que um dia (não muito distante) sofri entorse.

      Agora preciso disciplinar-me mais e correr contra o tempo, porque no final do mês Paranapiacaba me aguarda……………….. lilás…………. a CIA EX-SEDENTÁRIO VAI CORRER PELAS MONTANHAS!!!!

      Uma ótima semana

            Opsssssssssssss, ou melhor, Pé no Minhocão, assim foi meu domingão (uauhhhhhhhhhh, até rimou!!!).

            Durante a semana preparei o espírito da Syssi para me acompanhar num treininho no minhocão no domingo bem cedo, porque semana passada, acordei as 8 hs e o sol parecia de meio-dia, ninguém merece treinar ou apenas caminhar debaixo de sol quente de fritar ovos em asfalto, né não?!

            Esqueci de contar estou meio que liberada pelo fisio para fazer caminhadas e trotes para sentir meu tornozelo.

            Sábado à noite fomos dormir com essa promessa. Domingo acordei antes das 7 hs, não vi sol, apenas um  céu nublado, perguntei ao maridão se ele iria me acompanhar, ele olhou nos meus olhos e em poucos segundos disse que sim, pediu acordasse a Syssi…. Hummmmm, pensei, Syssi não vai acordar, mas fui, chacoalhei seus pés e fui tomar meu lanche, passei pelo quarto das meninas e dei outra cutucada, ai ela acordou, revirou os olhos, abriu-os me fitando e saiu da cama para vestir-se. Melinha não tomou nem conhecimento do que acontecia, só pensa em dormir……

            Tomamos nosso lanche antes do treino, e fomos para o minhocão. Iniciamos nosso treininho pela subidinha que tem logo após a Av. São João, trecho que todos os que correm a São Silvestre conhecem.

 (olha ela ai, do lado direito da foto)

             O sol já estava despontando e, naquele pequeno trecho do minhocão ele se fez presente, eu fui à frente por ordens do maridão, então intercalei com trotinho e caminhada forte. Ele apenas na caminhada forte e como tem as pernas maiores, então passadas maiores,  eu meio que disputando para ele não me passar, mas a Syyyyyyy, ficou bem atrás, e lá fomos nós até um dos lados do minhocão (Av. Francisco Matarazzo), dei a volta e continuei (neste momento o Sol ficou inibido e as nuvens tomaram conta do céu), passei por ele, depois a Sy peguei no caminho. Muito mais adiante, ele me alcançou e não vimos a Syssi, ficamos olhando por uns segundos, a pedido continuei e ele ficou no aguardo dela, agora ia no sentido R. da Consolação, as vezes virava para ver se os via e nada, fiz o retorno e voltei, bem depois os avistei sentados no meio da pista (que divide as vias do tráfego), belos e formosos descansando ……….. nem posso me queixar porque eles saíram cedo da cama para me acompanhar, fizeram um pouco mais da metade do percurso com 3k  e eu 5,5 km.

             Treinar no minhocão para mim teve um gosto de “posso voltar”, embora na sexta eu não tenha feito nenhum exercício na esteira, porque a semana passei com uma dorzinha no calcanhar e achamos que foi devido ao sapato ser bem baixo, deixei o teste de São Tomé para domingo. No começo senti uma fisgada nos ligamentos, mas depois não senti mais nada.

            Ao voltarmos para casa resisti bravamente ao pastel de feira, deixando apenas para um belo caldo de cana geladinho com bastante limão.  Não coloquei gelo ou coisa assim, procedi como num dia normal para sentir como ficaria o tornozelo depois de uma puxada dessas. Sei que a curiosidade mata……….. enfim………….. nada, não senti dores fortes, não inchou e hoje arrisquei a andar de saltinho de 5 cm.  

            Estou muito feliz, porque ficou somente aquele sentimento da dorzinha que já me acompanha desde o acidente e que segundo o fisio ficará um pouco mais e desaparecerá gradativamente, peninha a Syssi ter ficado hoje com dor nas coxas, mas sei que é aquela dorzinha gostosa.

           Quero desejar a todos uma ótima semana, porque a  minha começa com uma satisfação impar,  posso treinar mais!!!

            Aprendi que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular. (William Shakespeare)

      Desde o dia 03 de janeiro estou em nova fase da fisio, estou fazendo exercícios de fortalecimento, a famosa propriocepção.

      É uma palavra esquisita, mas um termo muito utilizado na fisioterapia, que significa o controle neuromuscular reativo: devem induzir “perturbações” articulares inesperadas, deslocamentos laterais, saltos, saltitos, deslocamentos frontais e de costas, exercícios com bola, chutes, arremessos, etc.

     Atividades funcionais: têm como objetivo retornar o atleta/desportista ao nível de atividade antes da lesão, restaurando a estabilidade funcional e dos padrões de movimentos específicos para o esporte, minimizando o risco de nova lesão.

     O objetivo é avaliar se o atleta/desportista está recuperado e pronto para retornar às atividades desportivas. Neste caso, deve-se incluir exercícios que envolvam posicionamentos e manobras em que a articulação fica vulnerável, adaptando as tarefas de movimento próximas do gestual motor desportivo utilizado no esporte que atua.

     É importante considerar que os exercícios de controle neuromuscular (proprioceptivo) devem se fazer presentes no processo de recuperação fisioterapeutica, sendo atletas ou não. Em sendo atletas ou praticantes de atividades desportivas regulares, estes são necessários para restabelecer o controle e a eficiência biomecânica do movimento, atividades que geram instabilidades para ganhar estabilidade funcional.

     Portanto, minha fisio tem sido um pouco puxada, equilíbrio em mini prancha, andar na ponta dos pés, só com o calcanhar e apoiando apenas o lado externo dos pés. Isso foi na primeira semana.

     Já na segunda semana os exercícios foram mais incrementados, agora estou pulando na cama elástica (o impacto é mínimo), e outros exercícios para fortalecimento dos ligamentos e, o que é mais legal, tenho suado a camisa mesmo……….rs

     Ainda estou andando de tornozeleira apenas para sair (em casa fico sem), o fisio está contente com minha recuperação, e eu mais ainda……..rs. Só estou aguardando a ortopedista me liberar para outros esportes.

     Tenho andando um pouco mais, os descansos com a perna mais alta há muito deixei de fazer e tenho aguentado bem, só a noite que a regiao em volta do tornozelo fica um pouco sentida (ele insiste em ser lembrado). Não consigo subir ou descer escadas direito, o tornozelo ainda não colabora muito, mas isso é questão de tempo.

    Já  li na net que para prevenção de lesões, deve-se incluir no programa de aquecimento, exercícios de equilíbrio estático e dinâmico baseados na interação entre corpo e ambiente, de forma a evitar lesões mais sérias e é o que farei doravante.

            De início quero desejar a todos nossos colegas, amigos, amigos dos amigos, seguidores deste blog um Feliz Ano Novo!!!

            Depois do meu acidente, ou melhor, do meu entorse no tornozelo direito grau II, tive minha rotina diária mudada literalmente, passei 3 semanas andando de muletas, fui proibida de colocar o pé direito no chão e sessões de fisioterapia já na segunda semana do acidente.

            Apesar de aleijada, não fiquei afastada do escritório, só que nessa fase meu tempo acabou se tornando restrito, minha locomoção lenta, gelo no local a cada 3 hs, fisio e, em casa além do repouso acabei por me desligar de muitas coisas, meu pensamento voava ao tempo de recuperação, controlar o inchaço do tornozelo mantendo sempre a perna elevada.

             Só que novembro acabou tornando-se um mês frustrante, havia feito inscrição para correr todos os finais de semana. Em alguns correria com Melinha e em outro iríamos assistir Syssi. Acabei por administrar essa frustração, pedindo para o Igor correr no meu lugar, aliás o tempo dele foi bom e Melinha também, o que me deixou feliz por eles.

            Inscrevi a Syssi na Corrida Infantil da Corpore  e fui vê-la participar de cadeira de rodas, até esbarramos com o Claudião por lá, lógico, Henrique também participou!

             A entrega do kit d Circuito Vênus aconteceu no Jóquei – que não tem acesso para deficientes, uma grande falha –, desci as escadarias de muletas, devagar mas fui, olhei alguns stands dos patrocinadores e Syssi fez uma aula de Pilates, até pensei em participar da corrida com o auxílio do Igor empurrando a cadeira de rodas, no fim desisti, achei que seria muito sofrimento para ele.

             Após 3 semanas do acidente, fui liberada para andar de muletas com o pé no chão e mais sessões de fisioterapia. Ah, detalhe, sempre de robofoot  dia e noite, um trem horrível para andar, mas de muita estabilidade para meu tornozelo.

             Durante este tempo, acabei por descobrir uma nova modalidade, acompanhando  Syssi em suas aulas de patinação no Ibirapuera me encantei com o esporte.

             Frustrada tentei ficar longe dos esportes, só tentei porque através de mala direta recebi um convite para patinar na Av. Paulista no dia 25 de dezembro a noitinha para ver as decorações natalinas na avenida que é tida como o coração financeiro da cidade. Como passamos no Natal aqui em Sampa, dia 25 eu, Silvio e Syssi fomos participar desse evento, mas tipo assim (rs), eu de robofoot e bengala só fiquei na vontade e acabei por andar na Paulista vendo e filmando as decorações, o tempo estava maravilhoso, muitas pessoas na rua usando 1 pista da avenida, os carros trafegando devagar, todos sem stress, uma Av. Paulista difícil de ver em outras ocasiões. O papai Silvio foi correndo acompanhar a filhota Syssi que patinou com os demais. (agora esse problema está solucionado, Silvio acabou de adquirir seu patins!!)

            Já na 6ª. semana do acidente eu andava de imobilizador de tornozelo apenas em casa.

            Como não podia ser diferente, passei o Natal de robofoot, mas ansiosa pelo retorno a ortopedista no dia 30/12 que ao examinar meu tornozelo (o calcanhar já estava firme, uauhhhhhhhh) determinou andar somente com imobilizador de tornozelo, liberando para hidroginástica e bicicleta sem peso. Esse foi meu presente de Natal!!! O diagnóstico de que o ligamento já restabeleceu.

            Dia 31 o dia mais esperados por algo em torno de 15.000 corredores além do Claudião, Alex e Thiago, aconteceu a São Silvestre e, para prestigiar nossa galera e tantos outros corredores fomos (minha vizinha para ver o sobrinho, eu e Syssi para ver os Ex-Sedentários) até a Av. São João, um pouco antes da subida do Elevado, estava eu lá como espectadora para ver a corrida, tão diferente de outrora.

            Confesso que nem na TV eu apreciava ver a SS, mas este ano sai para a rua. Depois da corrida feminina, vimos os batedores acompanhando a elite masculina e mais atrás o restante dos corredores……… era um mar de pessoas descendo a S. João sem noção ……, meu coração disparava, a vontade de estar correndo (e nem precisava ser na SS, em qualquer corrida) foi muito grande, mas devo me limitar a apenas sentir emoções neste momento.

           Enquanto eu filmava na câmera, minha amiga via a transmissão no MP7, ficamos ali sabendo da vitória da queniana e um pouco mais tarde da vitória do Marilson, mas o mar de corredor continuava descendo a S. João e dentre eles o Claudião que acabei por ver de relance depois da passagem do sobrinho de minha amiga. Dali fomos acompanhar a corrida na Av. Rio Branco esquina com Helvetia, nesse trecho os corredores já demonstravam cansaço … foi então que consegui ver o Claudião acompanhado do Alecão e tiramos umas fotos juntos………

            Agora estou em nova fase de tratamento, fortalecimento muscular e treinamento proprioceptivo para que não ter lesão recidiva. Incomoda apenas andar de imobilizador de tornozelo com tênis. Em casa, tenho andado descalça, já que o imobilizador prende um pouco a circulação.

            Enfim foram 60 dias e estou me recuperando, mas ainda sinto seus sinais, sei que ainda tenho um pouco mais de tempo para voltar a praticar esporte de impacto, mas é questão de tempo, quem sabe no final de fevereiro eu não volte para as ruas?! Quer correndo….. ou patinando.

            Estou voltando………….. deixo aqui meu grande abraço e um 2011 com muita, mas muiiiiiiiiiiiiiiiita S A Ú D E e quem sabe não nos esbarrarmos nas corridas de rua durante o ano?!