O psicológico é tudo. Hoje acordei às 04:35 horas. Sim. Senti vontade de chorar de novo, mas antes que voltasse a dormir tomei um banho caprichado. Se é certo que se eu fosse receber do meu amor carinho no meu corpo eu me banharia antes, porque não fazê-lo antes que eu mesmo o acarinhe. Devo e relamente estou encarando o exercício como um “acarinhar-me”. De carinho em carinho, como estes, voltarei a dormir feito o Henrique. Disso eu tenho certeza. É só eu não fraquejar.

Banho tomado e de roupinha de corrida, dentro da qual me sinto apertado como se fosse uma linguiça calabresa. Pudera. O “GG” de roupa com tecidos sintéticos (agora esta na moda falar tecidos tecnológicos) parece mais um TAMANHO P – mas de pigmeu. Aliás, da barriga só não aparece um gomão de toucinho porque eu uso o cinto de utilidades do Batman (no qual se carrega garrafinha, chave, celular etc.) para amarrar a linguiça calabresa no meio, segurando desse modo a camiseta no devido lugar.

Deixando os percalços gordalísticos de lado, estava eu na rua às 05:00 horas. Com muita neblina decidi ficar indo e voltando numa mesma rua, porque além de larga e nenhum movimento, era a mais iluminada. Como minha roupa não reflete eu fiquei com medo de ser atropelado. Afinal, como eu disse no post anterior de madrugada eu sou o dono da rua, e como tal, vou pelo meio dela, é lógico.

Uma delícia que não experimentava há bastante tempo. Gritar “BOM DIA SEU JOÃO!” Senhor amabilíssimo, de sorriso largo e sinsero, que todo dia abre às 05:30 em ponto sua empresa de metarlugia. E hoje, foi ainda mais especial. De lá de dentro ele respondeu gritando. “Que legal. Você voltou a correr. Bom dia e não desista novamente, hein?!”.

Isso foi sensacional. Quarenta e cinco minutos depois eu já estava dentro de casa novamente, satisfeitíssimo.