Depois de um trote sempre vem outro trote – Ressurgido das banhas: Lento Forte – LSD 001
Estou feliz e leve como depois de um mega show de Rock. Valeu a paciência, a dieta e o blog. Hoje fiz o meu primeiro LSD (Long Slow Distance) ao bom e velho estilo Lento Forte (codnome que usei alguns meses de 2007), todo carregado de penduricalhos, parecendo mais uma mula de cacau (com mochila, pochete de hidratação na cintura e mais outra na altura do peito presa as alças das mochila para o transporte do celular – bem à mão).
Foram duas horas e cinco minutos de trote cravado. O primeiro LSD de vários que pretendo realizar aumentando o tempo de duração, progressivamente, até o limite de três horas.
O treino já tinha sido pensado para ser de casa até a casa da Ana, minha irmã, que fica na Rua Tavares Bastos, quase atrás do Hospital São Camilo, na Pompéia.
Na noite de ontem gastei meia hora só arrumando a roupa de trabalho em sacos (para congelados) para não molhar, mas não tinha decidido sequer qual caminho eu faria.
Quatro e meia da manhã o telefone toca e pulo para debaixo do chuveiro. Chuva? Mudo a opção dos tênis, calço o asics, mais sujo e já testado e aprovado em temporais.
Surge a indecisão: caminho reto/curto com ritmo ou trote longo fazendo caminho mais longo? Fico tentado ao trote longo. Mas não comprei gel? Vai banana passa, mesmo.
Cinco da manhã já vou em direção ao portão, está chovendo mas estou muito animado. Pudera, sai tomando uma lata de red bull, que bem que poderia me dar um bote no lugar de azas (brincadeira, só chuviscava). Solto o cronômetro e caminho até a mutinga quando arrisco o início do trote uma alça da mochila se solta.
São 05:10, vou voltar. Voltei para casa e botei tudo dentro de uma mochila da Mari, da nike muito boa, aliás, uma delícia, eu já estava sentindo desconforto com a minha nas duas quadras que caminhei. Com a da Mari, fiz todo o percurso na boa.
Bem, parti no trotinho e chuvisco e estou muito animado já pensando no tempo de duas horas até o meu destino.
Mutinga, Raimundo até o Barrancão. A partir dali fiz o caminho dos ônibus até a Edgar Facó. Em cima da Ponte do Piqueri, decido comer uma banana desidratada. Erro grosseiro e imperdoável. Claro que nunca tinha lido que alguém tivesse comido isso em atividade. Tem de mastigar muito, não dá para respirar, horrível. Aprendi da pior forma. Nunca mais.
Ermano Marchetti lá vou eu. Na marquês de São Vicente há poças na calçada. E na avenida os poucos carros que ali vinham o faziam rente a calçada, o que me fazia ficar pulando de cá pra lá (calçada/rua e vice-e-versa)
Sempre na contramão fazendo, portanto, o maior tangenciamento possível. O bom de trotar é que nos faróis fica-se dando micro voltinhas, o que seria horrível de se fazer para quem estivesse em efetiva carreira.
Viaduto Pompéia, olho no cronômetro e só tinham se passado 01H20Min, quebro a esquerda ganhando a Franscisco Matarazzo, passo embaixo do Viaduto Antártica e subo a rua Airosa Galvão, duas quadras desta e viro a diereita pela Tanabi até o início da Sumaré. Nela trotei por cinco travessas até virar a esquerda na Rua Campevas. Dali virei na terceira a direita para pegar a Rua Vanderlei, cruzando a Apinagés até chegar à Aimberê. Esqueci de dizer que a ladeira da Rua Vanderlei era de chorar e a minha corrida estava mais na intenção do que no efeito. Mas segui nos movimentos que a copiam, cujos efeitos e o esforço não são nada parecidos com o de caminhada. Na Aimberê subi mais uma e virei na Caiowa até a Alfonso Bovero, a esquerda. Duas quadras nela e faço o retorninho da Cotoxó para ganhar a Tavares Bastos, duas quadras cruzando a Pompéia e correndo para o Abraço. Ou melhor para o Banho quente e o café da manhã que me aguardava na Ana. Um beijo na minha princesa e vim feliz da vida para o escritório.
Sobre o Long Slow Distance, ver matéria na contrarelógio no subtítulo: Corredores principiantes:
Que treinão em Claudio parabéns, deve ter rodado muito tem noção da distancia? poderia correr a são silvestre mesmo sem inscrição, mais uma vez esta de parabéns 😀
Foi muito bom. A intenção era trotar sem parar por duas horas. Fiz com percurso com objetivo de chegada e bacana. Vc viu o mapinha?
Agora eu vi não tinha visto o link, não imagina o quanto estou feliz ja fez a são silvestre hen parabéns mesmo claudio.
Que belo treino, meu amigo Claudio! Parabéns por ele e pela forma envolvente com que você o descreveu. Não vou, lamentavelmente, fazer a São Silvestre nesse ano, mas tive a oportunidade de fazer três treinos longos, acima de 2h, também neste estilo LSD, com um amigo que vai estrear na prova. É muito agradável correr nesse ritmo, além de ser um fantástico treino para distâncias maiores. Que venham muitos outros assim, trazendo sempre felicidade e leveza!
Abraço,
Fábio
Thiago, muita coincidência a distância ter sido igual a da São Silvestre. Nem imaginava.
Fábio, Thiago e Alecão. Foi muito emocionante para mim. Durante a letargia dos últimos dois anos eu tive certeza de que nunca mais sentiria o prazer de um treino desses. E CÁ ESTOU EU. É dificil de acreditar. Bom demais. Uma benção.
Outra coisa, eu devo ter complexo de Capitão Caverna ou fui um burro de carga em outra vida, porque acho o máximo carregar comigo tudo de que preciso.
Um abraço e muito bom compartilhar isso com quem entende o que a gente sente.