Antes de tudo, um agradecimento aos amigos. Os comentários do último treino foram fantásticos e me deram um suporte com o qual pude improvisar no domingo e ser muito feliz. Noutro tempo teria voltada pra casa triste e “comeria” toda essa tristeza e um pouco mais.

Sábado: Descanso para as pernas e uma ligação para o Miro para perguntar se podíamos fazer aquela nossa caminhada, no domingo. Ele respondeu positivamente e tratei de ir cuidar da logística. Como seria caminhada apenas, nada de gel. Para os dois eu comprei: 6 unidades de bananinha de Ubatuba; 1 pacote com clube social; 2 gatorades e muita água. Já tinha pensado tudo. Cada um com um cinto de hidratação. Revezamanto da mochila (com a garrafa de 1,5L e os dois gatorades. E quem estivesse sem a mochila, descansaria do peso nas costas mas carregando outra garrafa de 600ml na mão. Na minha conta era suprimento que daria para oito horas de caminhada, contando que sairíamos de Jundiaí às 06:00 horas.

A caminhada consistiria em tomar o primeiro trem em Pirituba (estação minha de todo dia), saltar em Jundiaí e vir caminhando até em casa ( Km 17,5 da Bandeirantes).

Quatro horas da manhã. Bom, está cedo ainda. O Miro deve chegar logo. Eu tinha levantado as 03:20 horas e caminhei vinte minutos com aquele peso monstro para chegar até a estação.

Quatro e quinze e nada do Miro.

Quatro e vinte. O trem chegou e agora. Na dúvida, tomei-o sozinho mesmo.

Enquanto via o final da balada que acontecia dentro do trem. Tentava decidir o que fazer da minha vida. Não estava muito a fim de ficar oito horas caminhando sozinho, não. Então já tendo decididio o que fazer, ainda restava decidir o que fazer com aquele material todo.

Saltei na estação de Jundiaí, conservada com as características de outrora, no banheiro, comecei a minha transformação em lento forte.

Pochete virada para frente com celular, doc e dinheiro. Um cinto com uma garrafa de um lado, com a outra contrapondo o peso do outo lado. Mas ainda restavam na mochila os dois gatorades, uma água de 600Ml e outra de 1,5L. Jogar algo fora? De jeito nenhum. O jeito foi carregar na mão a água de 600ml e um gatorade para ficar apenas (?) 2 litros de litros de líquido na mochila e as comidinhas.

No meu novo plano fui ao terminal que ficava ao lado da estação para tomar um ônibus que pudesse me deixar já na Bandeirantes. Se o Miro estivesse comigo iríamos caminhando desde ali. Tomei um micro-ônibus que sai mato a dentro e me deixou debaixo do Km 46, numa estradinha sinistra para aquele horário (06:25 horas).

Com toda aquela tralha eu parti do Km 46 no trotinho super lento que era o melhor que eu consiguia fazer naquelas condições. E assim fui até o km 29.

Eu vinha na contramão da rodovia que estava vazia. Nenhum carro. Torci para não ver nenhum desastre horrível. Depois de muitos kms que vi se tratar de uma carreta atravessada na pista, queimada, mas já estava sendo retirada. Os ciclistas da Bandeirantes se refestelaram. Treinão de luxo já que não precisavam rodar no acostamento.

Tomei mais água do que devia. E quando a garrafa de 600 ml estava pela metade eu me desfiz dela, não aguentava mais carregá-la. E quando cheguei nos 10 km de treino ja tinha tomado um gatorade todo só para ficar com as mãos livres e poder curtir apenas o peso saculejando nas costas e o da cintura. Parei de trotar na placa de 29km e caminhei até próximo a um Posto de Serviços. Ali eu parei para um pit stop e praticamente tomei um banho de água mineral e nem sei como consegui caminhar do 28 aos 17,5 tendo tomado tanto liquido.

Já tinha feito meus 17 quilômetros de trote e àquela altura tudo era festa. Saquei até o fone de ovido para curtir um som. Tirei a bermuda encharcada e fiquei só com a de ciclista. Com o peso apenas das garrafinhas na cintura (já estou acostumado) fui parando para fotos e ri muito sozinho quanto vi que tinha escrito no treino de sexta que corri até o Rancho da Pamonha. Não era Rancho, é “Rei da Pamonha”. Lembrei na hora da memória do Fábio Namiuti. COMO VOCÊ CONSEGUE CARA? Entre os kms 18 e 17 o passeio terminou. Debaixo da Ponte que me leva pra casa. Engraçado é que o treino terminara ali. Mas eu já estava meio ansioso para chegar em casa em corri quase mil metros.

Na rua de casa, minha redenção. O Marcos lavava o carro na rua. Quando ele me viu eu ja estava sem os tênis e a tralha. Falei: está esperando o quê para me molhar.

Muito bom. O treino foi de 17km em 02H30Min. As fotos do antes e depois vem abaixo. Depois do almoço que mei conta de que eu tinha levantado às 03:20 horas para essa farra. Muito sono e poucas brincadeiras com o Henrique (única parte ruim). VALEU AMIGOS.


04:22 horas. Eu no trem e balada no trem com direito a show de rebolation.


Estação de Jundiaí (05:45 horas) bem bonita e conservada em suas caraterísticas.


Tchau buzão, que agora vou com a pernas.


Essa é a estrada de onde viemos no ônibus (só eu e o motorista).


Aqui começou o trote “pesado”.


Posto de Gasolina entre os 29 e 28. Eu caminhava desde a placa de 29. Parada para um xixi. Banhinho, lanche e descanso. Daqui pra frente fui só curtindo.


O Pico do Jaraguá visto. Eu estava debaixo da Pista do Rodoanel (km 24)


Risos: é Rei da Pamonha, não Rancho da Pamonha. Vai querer copiar o Fábio Namiuti…


O Pico do Jaraguá visto do final do passeio km 17,5


Fim do Passeio no km 17,5. Bora pra casa.


A 30 metros do portão de casa. Redenção!