Domingo (28.03): – preguiça

Segunda: preguiça e meia

Terça: 1/2 hora de trote

Quarta: Quarenta minutos em percurso com ladeira.

Quinta-feira: Trouxe para o escritório mochila com as tralhas de corredor. Como deixei para comprar o ovo de páscoa da minha amada no último dia, advinhem? Não tinha o ovo que procurava na primeira loja (cacau show), nem na segunda que liguei, nem nas cinco seguintes. Tive muita sorte de ter o último justo no caminho de casa (Shooping da Lapa). Pedi para rescervá-lo que iria correndo. E fui mesmo. Como tinha reunião no escritório saí sem saber onde eu me transformaria, mas como a sorte estava comigo uma loja de reparo em roupas estava aberta. E minha amiga Benê me deixou trocar no provador. Saí de lá agradecendo e desembestado pela Paulista repleta de gente. Foi um treino excelente o qual eu não recomendo para ninguém. Fui do Parque Trianon até a Lapa (Paulista/Dr. Arnaldo/Heitor/Aurélia). 7km de muita porrada nas articulações, e como eu estava receoso de que não guardariam o ovo por muito tempo eu acelerei o quanto pude em todas as descidas. Insano! Foi um excelente treino de ritmo, mas não repitam isso que eu fiz. Na sexta-feira eu estava disposto a fazer uma corridinha mas o bom senso me lembrava do impacto do dia anterior.

Sexta: Vinho, bacalhau e mais vinho.

Sábado: TLT 001

TLT significa Treino Longo Traia. Traia é um adjetivo tirado do dicionário Dundes, que serve para designar as qualidades com um grau tamanho de exagero, que superlativo nenhum seria capaz.

Três horas e quarenta minutos eu me levanto e saio às 04:10 de casa já travestido de Lento Forte. Tomo um ônibus as 04:30 horas e às 04:55 salto já trotando pela Avenida Gastão Vidigal em Frente ao CEASA/CEAGESP. Está garoando forte e sigo na minha lerdeza de sempre, já que o plano era trotar levemente para que eu chegasse no ponto de encontro do treino as 06:00 na frente da Psicologia na USP. Este percurso da minha primeira hora de trote tinha 7km, ainda cheguei faltando 10min para o combinado o que me permitiu ficar indo e voltando uns 100 metros para ver quem estava treinando. E continuva garoando. Chegou o Thiago, depois o Paulo, ainda beberiquei uma água do Thiago para economizar a minha (que coisa feia) e partirmos, eu já estava aquecido, mas lento. Muito lento. Percorremo a primeira volta d 8km do treino do Thiago e do Paulo e juntaram-se a nós uns amigos do Paulo, uma turminha da pesada. De nomes só me lembro de Alexei (ultra) e da Edy (maratons maniacs). Devido ao feriado e ao tempo feio se via que só haviam maratonistas na USP. Depois de uns três quilômetros junto desta turma eu fiquei para traz, mas não muito e tive a idéia de cortar algumas voltas para nunca perdê-los da mira, imaginado sempre eles me ultrapassando e eu retomando posição devido aos cortes de caminho, mas algo saiu do planejado eu estava mais lento, mas não muito porque fiz dois cortes no caminho e nada deles me alcaçarem, pensei até em voltar trotando para reencontrá-los mas tive medo de quebrar ao tentar acompanhá-los e segui no meu treininho que seria de três horas. Ao chegar na psicologia pela segunda vez, graças aos atalhos eu voltei para encontrá-los, os ultra heróis da resistência cujo treino só tinham passados as duas horinhas de aquecimento. A brincadeira começaria naquela hora em que já terminava o meu treino. Mas terminei feliz e muito satisfeito. Com direito a fazer os últimos segundo com os braços levantados. E enfatizando o recorde mundial pessoal. E num berro estridente um abençoado VALEU!!!!

E valeu. Como valeu! Três horas de treino cujo esforço mesmo foi o dos pés, queixando-se do encharcamento por três horas. Isto me incomodou bastante, mas valeu porque não teria graça se tivesse sido muito fácil treinar naquela manha fresca e permeada por garoas. Para o próximo treino com o tempo assim usarei as dicas do Paulo (óleo de amêndoa ou vazelina sólida, ou os dois dependendo do caso).

O treino muito bom e não importa a distância percorrida. Será minha preocupação a partir do momento em que atingir 03h30m de trote contínuo. Será no próximo sábado? Quem sabe…

Estou curioso para ler o relato do Thiago e as impressões dele a respeito da distância e da companhia dos ultras. Diga tudo, Thiago. Nãos nos esconda nada.