Só consegui reservar um tempinho para mim hoje. Foram 6 km em ritmo leve, para poder ter pelo menos mais um treino antes que a semana se encerre.

Esta semana está complicada. Dormir, o que é isso? Mas antes que batesse qualquer desânimo eu parei e mantive um diálogo comigo mesmo:

– Claudio, veja a situação de forma diferente. Imagine que não está treinando porque se machucou bem no meio de um planejamento para um evento próximo. Isso acontece como todo mundo e não será diferente você. Então, imagine-se que está vivendo um momento crítico desses e tem de administrá-lo para não por tudo a perder.

Em vista disso, cheguei na rua hoje com o espirito forte. Com ele forte não me preocupei com as pernas, nem a com respiração. O treino assim foi prazeroso e sigo vivo, corredor. Corredor que ama a vida e todos que por aqui acompanham a nossa saga.

Fazer da minha semana louca um “treinamanto” para a situação imaginada no meu autodiálogo funcionou muito bem, porque no meio da correria (e bota correria) toda eu não me esqueci. Fiz flexões de braço no banheiro do escritório; só subi escadas nas estações esta semana e quantas mais pude, além de fazer vários tiros de 20 metros trajando terno, sapato, pastas e trecos. Hidratei-me bem e ainda me alonguei mais do que eu faria numa semana normal de bons treinos.