Assim, sem treino, mas muita, muita correria e pouquíssimas horas de sono.

Assim foi a minha semana, sem corrida e sem ver direito sequer a família. O problema maior que é que se fico mais de dois dias sem correr me torno “boca nervosa” (como diz o Fábio Namiuti). Se passar de três dias, então, torno-me boca histérica.

Minha última corrida foi sábado.

Nota de bastidor: Ontem a tarde eu tinha um prazo para cumprir (não era fatal, mas convinha cumpri-lo na data prevista), por sorte era muito próximo (até por isso acabei me demorando mais). Saí do escritório faltando 7 minutos para fechar o protocolo. Um ano atrás eu teria perdido o prazo (mesmo sendo perto) devido a impossibilidade de trotar e aos faróis (Em Regente, falamos SINALEIRIO). Ontem não, EU VOEI. Dentro destes sete minutos não só protocolei o documento como cheguei de volta no escritório faltando 30 segundos para as 19:00 horas. Isso contando o tempo que a recepcionista do prédio demorou para digitar o número do meu RG. Isto é o máximo. Adrenalina pura, tanto pelo sprint como pelo medo de imprevisto. Se caio ou tropeço, por exemplo, já era. Isso causou uma descarga de adrenalina no sangue que me deixou, sei lá, com vontade de mais. Mas só foi bom porque que deu certo, lógico.

Levantei hoje as 04:00 horas. Voltei para a cama, porque não tinha condições físicas sequer para caminhar. Mais uma oportunidade eu deixei passar, quando vim de carona da casa da sogra. A garoa e o desânimo me fizeram entrar no carro do sogro, que ia até o meu destino. Voltar da sogra correndo seriam três quilômetros (dos bons). Não aproveitei. Mas antes do banho fiz exercícios (agachamanto, flexões e abdominais) e fiquei alucinado de vontade de correr, eu estava pronto para 10km de Pirituba. Mas mal dava tempo de um banho demorado, eu tinha de vir para o trabalho. Ficou para a próxima. Será que eu posso fazer um longuinho no domingo?

Pronto, desabafei.

Amenidades agora.

Estou ansioso para que chegue amanhã, será a estréia dos nossos filhos em corrida: os filhos do Alecão, Olivia e Maurício, e o Henrique. Estou com fé de que a visão das crianças correndo faça o Alekão retomar as forças que ele tinha até o final do ano passado. Vou rezar para que isso aconteça!

Mas você não prometeu para a CORPORE que não participaria de evento dela este ano. Como vai levar o seu filho???

Realmente, só me resta aquela respostinha sem vergonha de que eu prometi que apenas eu não correria, e não o meu filho.

Contradição a parte, esta promessa que eu fiz a CORPORE eu cumprirei, mas com alguma dor. É a única empresa que organiza uma corrida longa em São Bernardo. Cidade especial e querida, terei de correr lá sem evento mesmo. Contarei com a ajuda do Alecão e Samuel, mas este ano eu corro 21 km lá, mesmo sem a CORPORE. Porque uma de duas: ou a CORPORE revê os valores ou, como o Fabão, só correrei em evento dela QUANDO FICAR RICO.

Quem quer correr em São Bernardo bote o dedo aqui… que já vai fechar…