Este post eu dedico a minha amada esposa, que está me dando uma força incrível neste momento e me propocionando a chance de fechar um ciclo.

Dedico também este post ao Thiago, segura este coração, meu amigo, e ao Fábio Namiuti, que embora não tenha culpa nenhuma de minhas insanidades, e de quem mais me lembro com certo orgulho nos meus treinos sem juízo.

Como comentei no blog eu engordei nos últimos 7 dias. Não importa, os treinos de terça e de quinta são a prova de que os quilos a mais até ajudaram na corrida, só tenho de me cuidar para que isso não afete demais meu psicológico. Seria fatal.

Na terça-feira, enfrentei subidas rotineiras com um afinco inédito. Foram gostosas de subir e senti que tinha força para me impulsionar. Seis km em 47 minutos, mais exercícios de força. Já consigo executar duas séries de abdominais. Palmas para mim!!!!

Quarta-feira a noite eu tive uma crise do meu distúrbio alimentar. Mas na quinta-feira acordei bem e só não corri, porque ainda passava mal com tudo que tinha comido na noite anterior. Por isso, enfiei a tralha na mochila já pensando num treino sem juízo.

Como na quina-feira santa, transformei-me em Lento Forte, desta vez, Lento Gordo Forte, na loja de reparos da Benê, grande amiga e incentivadora. Fotografei como isto acontece.

Assim que saí da loja da Benê foi que eu senti o peso absurdo da mochila, acredito agora que só não estou de cama, porque os quilos extras me deram suporte.

Segui num trote lentíssimo, mas muito bom, considerando o saculejo desajeitado nas costas (preciso comprar uma mochila igual a da Mari). Abaixo tem um link do percurso. Segui passeando e desligado que eu sou até me perdi do caminho e corri 200 metros na Marginal Tietê (ai de mim se a Mari ler isso).

Voltando um pouco, mudei de caminho, quando cheguei na Estação Sumaré do Metrô eu me enveredei pela Sumaré, quando já estava cercado de Palmeirenses que me dei conta de trajava preto e branco e piscava na minha testa um letreiro enorme: “Sou corinthiano, mas não batam em mim, por favor! Mas eles nem perceberam minha presença. Isto é sacanagem. Eu lá, sentindo-me o máximo e ninguém reparou. Triste demais.

Depois de passado o Viaduto Antártica o plano era seguir pela Marquês de São Vicente até a Ponte do Piqueri, mas preocupado com as costas e com a mochila cujas as alças vão se afrouxando conforme o saculejo nem vi como fui parar na Marginal Tietê, segui pela calçada até encontrar um rua qualquer que saísse dela. Foram ums 200 metros que não acabavam mais.

Dei uma paradinha rápida na Marquês para ajustar as alças da mochila e seguir no meu trote. Senti um pouco de medo de passar rente a favela que tem na altura da linha do trem, no Piqueri, mas segui determinado e fui novamente ignorado. Não dou mais cartaz mesmo. Logo depois eu paro de trotar e sigo caminhando pela Raimundo Pereira de Magalhães até casa da Vó do Henrique, onde ele me esperava com um delicioso abraço no paizão melado de suor.

Ponto negativo do treino: Pilei concreto por 14kms. Foi trotinho, foi lento, mas não façam isto pelo amor de Deus. O treino foi sem juízo, sou fascinado pela adrenalina que isso causa, mas é um perigo, reconheço.

Ponto positivo: Estou com a confiança a 1000. Agora eu até conto com este peso extra para me divertir nos 25km da Maratona. Dez dias atrás eu não teria suportado o saculejo da mochila pesada. Não estou aqui fazendo apologia a gordura, mas ela até que me ajudou.

Link para o percurso.
http://www.mapmyrun.com/route/br/s%e3o%20paulo/111127141553966695


Obrigado Benê, você é demais minha amiga.