Claudião

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Advogado que mora em Pirituba City - São Paulo - SP

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Posts by Claudião

Para me lembrar e persistir

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Tenho de colar estas notícias da folha, para não me esquecer que ainda estou nos primeiros passos para um sono bom. Livre de mazelas como as descritas. Se eu estivesse como no primeiro semestre certamente teria vergonha de veicular isso. Mas agora deve servir como um alerta de que há um caminho ainda muito longo para eu percorrer. Eu estava no fundo do poço. Comemorei aqui, com você, ter tirado os pés do lamaçal. Mas é chegada a hora de me dar conta de que estou apenas segurando na ponta da corda presa ao sarilo. Cabe só a mim, persistir, e girá-lo uma vez por dia, todos os dias, até que eu finalmente saia do poço para a plenitude da vida.

Primeiro ato de resignação: Tenho de dizer, mesmo com essas notícias. Só fiquei uma hora e meia na cama. Inconcebível. Antes de entrar no escritório tomei um café expresso amargo e um energético (um cada mão, alternando as goladas) revendo a cena, agora, é deprimente. Se já dei o primeiro passo, tenho de partir para o segundo, depois o terceiro…

Também treinei duas vezes a noite, fugindo do que eu havia programado. Voltar ao plano A.

Não posso perder o foco.

EU CONSEGUIREI!

(more…)

2º Treinabento de corrida

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Gostaria de postar este título em forma de cordel, mas o adiantado da hora não me permite este luxo. Bem. Não treinei sábado, domingo, segunda e terça, por uma série de desculpas, as quais não valem a pena falar.

Terça-feira, minutos antes do apagão ia caminhando pela Paulista quando de repente reconheço uma bike, bem atípica em razão do garfo segurar a roda dianteira por apenas uma das extremidades do eixo. Muito louca, do lado da bike dois caras sentados no café que tem na entrada do conjunto nacional. Eu jamais os reconheceria, mas a bike… Não resisti e tietei mesmo. Pedi permissão para cumprimentá-los e ganhei dos amigos. Foi um encontro realmente inspirador. Acho que é o universo conspirando para a gente se tornar no que diz o nome deste blog.

Carlos Dias e Francisco. Que acabaram de chegar dos Estados Unidos após cruzá-los por 5000 kilomentos, corridos em 2 meses. O Carlos correndo e o Francisco pedalando. A saga dos dois está no site webrun e no blog do Carlos Dias, há citação também no blog do Rodolfo Lucena e outros tantos que admiram os feitos desse ultramaratonista e mega ser humano.

Quarta-feira, cheguei mais cedo da puc e as 23:00 horas me joguei na rua acompanhada do meu fiel amigo Bento. Cachorrinho, bonito, esguio, magrinho, que inveja. Se comportou muito bem, não tive de puxar a guia ou tirá-lo da minha frente nenhuma vez sequer. Sempre do meu lado, galhardio. Orgulho do dono. Foram 22 minutos de trote dos bons. Decidido nas subidas. Pomposo nas planuras e eficente nas descidas. Muito bom. Poderia ter treinado mais um tempinho, mas esta semana está bem estressante.

Sem planejamento, sem relógio, e muito bom

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Prefiro treinar sempre pela manhã. Dificil não desejar isso depois de ler o livro Semente da Vitória, do Nuno Cobra. Não consegui levantar na terça e na quinta (ontem) de madrugada sequer fui capaz de ouvir o despertador. Como comentei com o Alecão, à medida que meu sono vai melhorando, mais dificil também fica levantar com poucas horas de sono. É o meu organismo entrando nos eixos. Agindo e reagindo como o de uma pessoa normal. Esse pensamento, no decorrer do dia, deu-me um certo alento.

Três meses de blog e tenho a dizer que estou começando a sentir mudanças de postura e atitude, que estão mais espontãneas no que diz respeito às corridas. Ontem a noite, em casa, por exemplo, comecei a me alongar no tapete sala, enquanto conversava com a Mari. Esticava daqui, puxava de lá, e tentava, nos intervalos, executar a pranchinha ensinada pelo Thiago (as séries não passam de vinte segundo, quando o recomendado é um minuto, cada). Alongado e, mais do que aquecido com aquele calor todo, decidi correr. Mas na boa, porque deu vontade e não porque eu não tinha corrido nos dias e horas planejados. Simplesmente me joguei na rua. Sem relógio. Sem pressa. Passinho curto. Movimento de braço e postura ereta (ai minhas costas). Encontrei um amigo: o Edy. Corredor único, porque não conheço ninguém como ele, capaz de subir correndo de madrugada (05:00 hs)o Pico do Jaraguá, mesmo tendo jantado às 23:00 horas da noite anterior, um ultra mega porção de torresmo. Caminhamos uns 15 minutos, planos de treinarmos juntos de madrugada, o que para ele não é problema, e de lá parti no meu trotinho safado. Mas confortável. Desafiador no ponto certo, mas confortável. Muito mais confortável do que a caminhada da segunda-feira. Corri pela Avenida 1, que não se chama 1, antes que chegasse no fim dela, encontrei o meu vizinho Fábio, que não é o Namitu, mas o Yamamoto, que vinha da direção contrária, de bike. Até prometeu me acompanhar todas as quintas, se for a noite (ele não consegue nem quer tentar levantar de madrugada). O Japa é uma figura, mesmo fumante, subia correndo o Pico do Jaraguá puxando o skate, em cima do qual, desce alucinadamente por aquelas curvas mortais. Como eu dei meia volta para poder falar um pouco com ele, indaguei-o se aquele meu trote era safado demais, visto de longe. Como amigo, entusiasta e também feliz pela minha inciativa, acabou exagerando ao dizer que era até bonito. Depois se corrigiu dizendo que o que importava era que com o tempo o trote viraria corrida. Agora sim Cara Amarela.

Foram dois vai-e-vens pela Avenida Um, com as caminhadas do antes e depois. Eu não vi a hora que saí. Cheguei às 23:00 horas. Tomei um banho e ainda fui ao Extra fazer compras para casa. Pulei da cama hoje às 04:45 e meio zonzo vi que garoava e fiz as minhas contas. Bom. Seis horas de intervalo entre um treino e outro não teria problemas, mas só duas horas e meia de sono. Daí não dá. Voltei pra cama. Decisão sensata. Decisão correta.

Feriadão sem treinão

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Sábado eu não treinei. Mas não lamentei, porque foi um dia em que fui pró-ativo. As brincadeiras com o filhão na praia, teriam sido bem outras caso eu não estivesse labutando em direção ao ex-sedentarismo.

Domingo: Caminhada ritmada por 120 minutos (das 08:00 as 10:00) na ciclovia de Praia Grande, na companhia do meu anfitrião. Muito bom.

Mas bem que eu poderia ter terminado o domingo sem ter ingerido tanto alcool e comido tanto churrasco. Abusei realmente. Missão pós esbórnia: DELETÁ-LA da mente e bola pra frente.

Segunda-feira. Acordei tarde e sentindo o peso de toda aquela carne da noite anterior. As 17:00 saí como quem iria correr a São Silvestre. Que nada. A quantidade abusrda de café que tinha tomado desde o almoço (para não dormir enquanto estudava para a pós) fez com que eu sentisse uma queimação danada no estômago e a boca seca demais. Também estava encanado por não estar usando bermuda térmica (viciei). O combinado era que eu corrreria num circuito (Raimundo-Marginal- Toronto-City-Anastácio-Mutinga-Raimundo) de sete quilometros. Só caminhei. 01:20 de caminhada contando duas paradas para molhar a boca.

Não treinei hoje de madrugada. Disso me arrependo, porque na quarta-feira o bom senso já me proibiu, pelo menos até dezembro (folga da pós). Esta foi a veradeira mancada da semana. Não fazer o treino da terça (eleito por mim mesmo como obrigatório).

Impus para mim que terça e quinta são de treinos obrigatórios, para os quais levantarei 04:30 mesmo que eu não precise (neste caso posso aproveitar para caprichar na hidratação e aquecimento). Sexta me impus atividade. Já que não tenho um cross country ainda, vale uma caminhada ou treino introspectivo como o da última sexta (quem dera eu tivesse um toda semana).

Fica registrado o ponto negativo pelo não treino no dia de treino obrigatório.

Diga-me tudo não esconda-me nada

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Sexta-feira: Pulei da cama às 04:30 horas. Poderia ter ficado mais, porque a Mari estava de folga por ser funcionária pública municipal. Enrola daqui faz cera de lá. Vou de carro ou parto a pé? Enfim, 06:00 estava eu na Avenida Edgar Facó cujo canteiro central se encontra bem arborizado com uma trilhazinha de chão batido. Excelente. E as arvorezinhas meio que amenizam o monóxido de carbono. Também há a companhia de corredores, caminhantes e cachorreiros. Gosto de todos eles. Admiro os caminhantes. Adoro cachorros. E sou fã inverterado de corredores, quaisquer deles.

Creio que o vai deva ter uns 700 metros e o vem, idem. Estava eu no segundo vai-e-vem quando sinto uma vontade de tentar abrir a passada, ritmando-a para aprender a correr e deixar os trotes para quando estiver pilando calçadas, esperando faróis abrirem, subindo e descendo sargetas e pegando as lombas, tal como o treino de quinta (aliás, delicioso).

Isso era o que desejava naquela planura, chão macio como um chão deve ser para as articulações dadas as proporções do concreto: Inimigo número zero do corredor.

Mas meu desejo foi contido por uma voz abafada, que parecia tentar sair de um rocambole de banha. Estranho aquilo, de onde vinha? Era eu mesmo. Mas lá dentro. Do coração, já menos atolado em banha do que antes.

Quando ele percebeu que eu o ouvia tratou, de dizer rispidamente:

– O que você está tentando fazer? Acelerar? Correr? É sensato? Você nem ao menos se alimentou para isso. Vem treinando todos os dias em Jejum. Essa dor que anda lhe afligindo nas costas, acha que é do quê? Massa magra se dissipando juntamente com o suor. Não era isso que você estava fazendo consientemente? Pois então. Aceite este estágio. Não acelere, aliás, diminua já porque tenho mais coisas para lhe falar.

De repente eu diminui mesmo. Não sei o quanto. Mas sentia que o movimento era contínuo. Era trote. Leve, mas trote. Não sentia esforço algum, nem aquela sensação besta de que o treino não está valendo de nada por falta daquela pitadinha de esforço necessário para ser o minimamente desafiador. Não sentia o trote. Sentia o corpo simplesmente indo. Muito ao contrário do que acontecia minutos antes, quando eu queria dar um pau na máquina, com sofrimento, apenas para não perder a oportunidade do local. Achei até estranha aquela introspecção que me acometia, justo ali no meio de um trânsito parado. Pessoas já estressadas. Pontos de ônibus lotados. Era o último lugar que eu imaginava fosse acontecer isso, considerando os lugares e horários de plena paz que costumo treinar. Mas aconteceu. Não via nem ouvia nada. Abaixei a cabeça sendo levando pelo movimento automático. Meu coração então dizia:

– Cláudio, já parou para perceber realmente se o seu primeiro objetivo de retorno às corridas já não foi alcançado. Convido-o para lembrar de como se sentia ontem a noite. Não estava exausto? Exaurido ao ponto de não ter disposição para ler sequer um bilhete da sua amada? Cansaço intenso? Muito bem. Mas será que não este não era um pouco diferente do cansaço intenso que sentia três meses atrás. No cansaço de ontem você desejava a cama. Baixinha de quadril largo e acohedora. Desejável e acessível. No cansaço de antes, você desejava era um milagre diante do desespero de saber que a cama era o último lugar que você poderia se sentir bem. Onde você se afogava. Isso quando não era surpreendido com um refluxo que mais parecia um golfada, que de tão amarga, azedava-lhe a própria vontade de viver até o almoço do dia seguinte. A solução então era se sentar no sofá para acordar 40 minutos depois com a pança embebida em saliva morta (baba) e a nuca doendo. Arriscava ir até o quarto mas desitia no meio caminho, retornado ao sofá para mais uma sessão de 40 minutos com baba no barrigão e torcicólo no nucão.

– Você se lembra disso? Pois é a hora de agradecer a dádiva. Seu esforço já fez com que você voltasse a dormir na horizontal. Na cama. Ao lado da mulher que tanto ama. Sono que se ainda não está perfeito ao menos repara-lhe do cansaço mil vezes mais do que antes.

Eu ouvi tudo aquilo. Foi dito pausadamente. Enquanto ouvia, sentia que passava um vai-e-vem, seguido de mais um, depois outro. Tudo com o corpo se movendo sozinho para que eu pudesse ouvir e sentir tudo que eu precisava.

De fato. Uma transformação já ocorreu. Posso agora dizer que voltei para o aconchego de uma cama, a minha cama, onde também dorme a mulher mais linda do mundo. Outrora, é claro, me envergonhava em dizer pra quem quer que fosse, o que realmente estava acontecendo e como estava acontecendo.

Eu estou ficando poucas horas na cama, mas elas me estão sendo infinitamente mais proveitosas. A forma que tenho de retribuir é levantando às 04:30, mesmo com audiências, prazos, clientes, pós graduação, trânsito, mau humor geral e a mediocridade. Não quero mais a mediocridade na qual eu estava vivendo. Quero gozar. Gostar, amar, viver e principalmente aprender para compartilhar com a pessoa mais importante na minha vida que é o Henrique.

A fala de mim para mim mesmo foi um alerta de que eu estava começando a deixar de usar o exercício físico como um acarinhamento. Por que querer acelerar se o combinado era que eu me acarinhasse doce e levemente. Calma. Tudo terá a sua hora. Num dado momento o corpo pedirá mais intensidade, quando então a dieta será de aporte. A maratona não vai embora. Ela está lá no cume me esperando, sem pressa. Talvez ela custe muitas tentativas frustadas, já que requisita que eu esteja dominando a minha ansiedade.

Fui tomado por uma paz. Um alívio e um alento. Mais do que isso, uma certeza de que estou aprendendo. A certeza de que não sou mais um adolescente. A certeza de que a maturidade me trará obstinação e perseverança por mais cíclico que possa parecer a corrida pelo “sucesso”.

O dia de hoje foi especial. Senti-me radiante. Senti-me bonito com o terno recem chegado da lavanderia após ter ficado três anos num canto mofado do guarda roupa. Eu sorri muito hoje. Sorri para todo mundo. Deixei as amarras em casa, junto com a gravata. Junto com o cinto (de castidade? Será?) Despojado, jovial e sedutor. Seduzi meus amigos do trem. Conquistei expressões exclamativas. Que gostoso ouvir um como vc está bem. Visivelmente feliz. Alegre e, lógico, palhaço.

De noite, após ter ido a esbórnia com pizza. Eis que a minha amada me presenteia com um shorts de corredor. Da adidas, azul, lindo, mas tão pequenino. Será que me serve? Não é que serviu. Olhe, combina com os tênis novos, ainda não estreiados. A camiseta branca deu o arremate. Faltava alguma coisa… CORRER. Pois fui “correndo” cumprimentar o natalício de um amigo que ainda estava no trabalho, a um quilômetro daqui. Voltei de lá por uma lomba de responsa e os últimos tres quarteirões foi de um inédito sprint, assim considerada uma corridinha não lenta, mas longe de ser rápida. Cá estou eu, 01:22, feliz da vida a contar a epopéia do dia de hoje.

Se chegou até aqui. Agradeço a paciência.

Emoção a flor da pele _ Obrigado Fábio!

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Carinho, atenção, incentivo e camaradagem. Tudo isso é bom. Lava alma, aplaca dores e dissabores. Nos empurra. Fazem-nos sentir especiais, únicos. O Fábio Namiuti, a quem procurei meio discretamente, aqui visitou e me fez chorar. Um choro de regojizo. Um choro de orgulho. Choro de quem se sente realmente bem aventurado e digno de todas as benesses que a vida pode oferecer.

Obrigado, Fábio, de coração. A gente se vê.

Colo aqui o comentário, para que eu sempre o veja e sinta a energia boa que ele trás.

Fábio Namiuti says:
29/10/2009 at 09:51
Meu amigo Claudio!

Que satisfação em receber sua mensagem lá no meu Arquivo de Corridas. Agradeço pela visita e pelas palavras. Foi um longo caminho percorrido, literalmente, desde que nos falamos pela última vez. Que já me levou a três maratonas, inclusive. Nenhuma delas ainda do jeito que eu gostaria, é bem verdade, mas sempre com muita alegria e disposição para continuar tentando.

Sensacional o blog! Parabéns a você e ao Alex pela iniciativa. Li atentamente cada postagem, desde o começo. Ri, me emocionei e me vi em muitas das situações descritas, já que, para me tornar também um ex-sedentário, passei por muitas delas. Além do peso (cheguei aos 110 Kg), tive que vencer também o vicio de fumar e uma hipertensão arterial que a combinação dos fatores me trouxe de “brinde”.

Todo sucesso nesse seu recomeço. Continue tendo muita força, fé, serenidade, bom humor (os cordéis são simplesmente impagáveis) e a perseverança que vem demonstrando desde os primeiros escritos. Estarei daqui na torcida para que vocês façam uma excelente (re)estreia nas corridas em novembro. Que curtam cada passada, antes e durante a prova. E que, depois, se orgulhem muito daquilo que conquistarem. Sucesso, nessa e em todas as metas futuras!

A gente se encontra numa dessas corridas por aí!

Grande abraço.

Fábio Namiuti
http://www.fabionamiuti.hd1.com.br

Na levada do Zamith

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São 06:31 horas. Acordei às 04:32 horas, com vontade de chorar, só levantei mesmo porque me lembrei do post do Thiago do qual transcendia alegria e orgulho. Ah… Eu também quero, pensei.

Levantei
tomei água
tive ânsia (hei de acostumar a isso, ainda)
fui ao banheiro
voltei
Cadê a roupa?
Fui lá fora
peguei a roupa
vesti
mais água
jaqueta
e rua (05:05 horas)

Hoje foi da hora. Como esqueci o celular no escritório, fui sem relógio nenhum mesmo, mas em compensação fiz um percurso de corredor, de verdade. Corredor que ainda trota, bem devagarinho. Sai pela Mutinga pela esquerda chegando do treino pela direita. Hoje iria bem um mapinha. Cinquenta e cinco minutos. Muito bom. Na maioria das vezes, na madrugada, fico vai-e-vem de olho no tempo, para ver se ele passa. Hoje não. Desenhei o percurso de imediato e só fui curtindo-o, orgulhoso. Eu sabia que não demoraria muito. Muito bom Garotão.

Frutos da insanidade

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Realmente. Foi insano o desafio da semana passada, principalmente no toca ao horário de dormir, acordar e adversidades do tempo. Ao menos o bom senso quanto a intensidade, tempo e qualidade das corridas eu tive. Ainda bem.

Hoje foi super tranquilo. Agora são 06:42hs. Acordei às 04:40hs. Hora que já estava voltando na terça e quarta passadas. Saí na boa às 05:05hs. Cinquenta minutos de treino, passaram muito rápido e o suor dissipava gostoso do meu corpo. Ô trotinho bom, sô!

Eu sabia que os horários iriam melhorar. Com a sova da semana passada o corpo parece estar preparado para curtir. Às vezes é bom forçar um pouquinho nalguns aspectos em prol de benefício geral. O mês de novembro será dificil, mas acredito que conseguirei, dentro dessas dificuldades, executar quatro treinos por semana.

Passarei por aqui só amanhâ para fazer comentários sobre os posts dos meus amigos Alecão, Fife e Thiago. Mas treino mesmo só na quinta. Aos vizinhos, o treino consistiu em trotar pela Mutinga até o Colégio Estadual do Jardim Líbano, contornando-o e retornando a ponte sobre a Bandeirantes e indo pela Avenida do Anastácio até a primeira grande descida do City América. De lá retorno até em casa. Um dia eu aprendo fazer mapinhas. Rídiculo para os ex-sendetários da informática. Nâo é garotos?

Em tempo: o desfecho sem fecho do Desafio.

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DESAFIO: PARTE 5/6

Dei mole pro azar no sábado. Acordei 06:30 horas, quando já era tarde para treinar. O celular tinha acabado a bateria durante a noite e não tinha colocado o telefone fixo para tocar, como fizera nas noites anteriores.

Mas surgiu um oportunidade e treinei 50 minutos. Das 18:00 às 18:50 horas. Foi numa pracinha repleta de crianças brincando, era pra ser só prazer, mas estava incomodado com as dores nas costas, que agora se fazem presente também nos treinos. Preciso urgente fazer musculação ou algo que o valha. É falta de reforço muscular mesmo.

Digo sem fecho porque não treinei no domingo, faltou o sexto treino, mas não fiquei triste. Não tive oportunidade mesmo (não foi corpo mole) e agora a rotina de casa começará a entrar nos eixos novamente. Treinar de final de semana não será mais um problema.

Mesmo sem o sexto treino, considerei o desafio cumprido, com louvor. Consegui levantar as 04:00 horas, todos os dias da semana. A lembrança do treino 3/6 (que se iniciou debaixo de uma tempestade) e do treino 4/6 (após uma diarréia) me dão um baita orgulho. Haja vontade!

Hoje levantei sentindo dores no quadríceps (olha eu gastando os verbetes de fisiologia). Mas o treino no sábado a tarde foi tão na boa? Ah… Lembrei. No sábado, pela manhã, eu extrapolei nas brincadeiras com o Henrique. Com ele no colo fiz aquele agachamento, mas aquele em que se dá um pulo após levantar. Também apostei corrida de sapo e outras estripulias mais. Ótima musculação, mas está muito dolorido.

Obrigado pelo incentivo de todos. A vontade de vir aqui escrever a cada dia, me empurrava a não fraquejar. Obrigado meus amigos. O blog faz toda a diferença e virei aqui esta semana parabenizar os feitos do Thiago, do Fife e do Alecão.

Desafio – Partes 3/6 e 4/6

Como ficou escrito no meu convite ao cafézinho, dificilmente eu deixaria de treinar depois daquela propaganda toda. Vai Bocão… Mas depois do quentinho do café no corpo e tudo arrumado, fechei a porta de casa às 05:30 hs. Chovia levinho, mas 16 passos depois, quando o botei a chave no Portão da Rua: Desabou o mundo em água, parecia de balde. Se eu estivesse de terno indo trabalhar só restaria chorar. Naquele momento também seria tarde para voltar, caso eu estivesse com medo de resfriado coisa e tal.

Deste modo, saí com o temporal mesmo. Mas direi sem exager muito. Com o corpo frio, no momento em que tudo que se espera são os primeiros vinte minutos de treino necessários para o completo aquecimento do corpo e, por consequência, prazer na atividade: é sacanagem. Pô! Justo nesse momento me vem um temporal?! Moro no final da rua, onde termina também uma ladeira. Tempestade com enxurrada até a canela, quando além de frio não tinha sequer sentido direito o peso da mochila seca com terno, sapato, apetrechos outros e um livro de 1100 páginas (não digo qual é porque é técnico, quando eu comprar um livro mesmo, direi). Ainda tinha uma novidade que eu acabara de criar: peguei a pochetezinha de hidratação eu a usei para ligar/prender as duas alças da mochila (de modo não ficarem escorregando do ombro). Da forma como estava, o celular, chaves e os dois saquinhos com o meu café da manha (num fibra, noutro linhaça com ração humana), estavam no meu peito não muito longe da boca, se no lugar disso tudo tivesse uma garrafinha (e é pra isso que foi feita a pochete), daria para tomar a água de canudinho (Taí, outra idéia inusitada cara pálida).

Engraçada foi a expressão no rosto de um vizinho, atraído à garagem para dar aquela espiada básica na tempestade. Quando ele me viu, fechando o portão e caminhando normalmente, a expressão era de quem realmente não estava acreditando no que os olhos dele viam. Oitenta metros depois já estava na Mutinga. Sentindo-me gelado e não enchergando nada, comecei a trotar. Só em dois pontos de ônibus tinha gente, sob o Telhadinho, de pé no banco de cimento, o que não ajudava muito, porque a chuva vinha de lado, aliás, de todos eles. Engraçado como é a sensação que temos sobre as coisas que nos acontecem, se eu não tivesse com o celular ali, também dentro do saquinho para congelados (assim como como todo o resto), eu diria que aquele temporal teria durado meia hora, mas foram exatos 7 minutos, nem um segundo a mais. Depois disso era chuva forte. Forte, mas chuva. Temporal é horrível. Não se vê o que poderá haver debaixo da correnteza (medo de um buraço, pedra), fora a sonoplastia. Esta é única, típica mesmo de filme de terror antigo.

Sob a chuva então, segui trotando, o que me causava muito orgulho, porque encharcada a mochila também “parecia” pesar dezenas de toneladas.

Trinta minutos depois de sair do portão, contando vom o choro que engoli, as respirações fundas e a caminhada inicial até a Mutinga. Agora, é que entra o aprendizado do treino.

Os trinta minutos que duraram a minha “travessia asfalquática”, foi o tempo necessário para o completo aquecimento. Explicando melhor, quando o meu corpo ficou pronto para a atividade, ela acabou. Nesta hora senti uma vontade absurda de deixar a mochila com o porteiro do prédio da D. Lola e me deliciar na chuva, já fina, por mais 30/40 minutos. Foi aí que lembrei do Alecão e do Wallace, do alerta e conselho deles: devagar e sempre. Lembrei, ponderei e sentindo uma pontada no peito, parei efetivamente o treino com aqueles trinta minutos. Essa foi a hora mais dificil da madrugada toda, muito pior do que levandar as quatro, do que a inóspita tempestade. Tudo isso foi nada se devidamente comparados.

Depois disso fiquei imaginando como deve ser dificil para um atleta desistir no meio de uma prova em prol de um motivo/objetivo maior.

Missão cumprida, COM LOUVOR.

DESAFIO – PARTE 4/6

Mais uma vez Mari e Henrique dormiram na D. Lola. Mas fui com o carro pra casa. O que significava que tinha de treinar antes ir levar o carro na hora certa (06:20).

Acordei com o celular tocando as quatro horas. Mas só levantei 10 minutos depois, com muita vontade de ficar dormindo mais, a noite não tinha sido como anterior (essa sim, poucas horas, mas perfeitas), nesta tive uma recaída na apnéia, eu acho, porque eu acordei assustado às 02:30 hs., sentado no sofá. Apaguei ali sem perceber. Meu sono se dividiu em 3:30hs de sofá (sentado) e 01:30hs de cama. Mas até aí tudo bem, afinal, Sexta é mais fácil [socorro que eu não sei lincar].

Acontece que depois da primeira e usual esvaziada no – alguém aí sabe um apelido para isso – intestino, algo muito desagradável aconteceu. A primeira vez na boa, a segunda, bem, normal já que tinha jantado (tarde, por sinal) além da conta, mas a partir da terceira vez começou a incomodar, até que, enfim, era uma verdadeira virose (o melhor eufemismo que eu poderia encontrar). Diante de tal virose, causada por excesso de arroz integral de alho crú moido, o tempo foi passando e com ele a chance de treinar.

Mas em tempo tive a idéia de levar no carro o uniforme de trabalho e ir com a de corrida para ficar rodando em volta do prédio da D. Lola. A idéia surgiu por duas vantagens, a primeira era de treinar no plano (menor chance para a Senhora Lesão) e de quebra ainda treinar o psicológico em treino de ramster de laboratório; e a segunda e indiscutivelmente mais premente era a vantagem de ficar próximo a um banheiro.

Este treino durou exatos trinta minutos. Eu estava me sentindo pesado com os 5 copos de água que eu havia tomado para equilibrar a perda com o desarranjo, mas de um modo geral, bem. Quando parei que percebi que, embora feliz, sentia uma leve fraqueza, que anunciava que o melhor a fazer era não dar nenhum passo a mais sequer com os tênis de corrida.

Desafio cumprido à risca até aqui. Não fugi do cronograma de treinar só de manhã e por tempo certo (curto) para chegar na ora tão desejada assiduidade. Mas faltam dois dias. – Ah lá Claudião, se manca hein!!!. Serão os dois últimos e mais tranquilos dias. Não terá perdão, já vou avisando.

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