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A força que vem de dentro

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Em primeiro lugar eu queria agradecer ao comentário do Fábio Namiuti, veio injetar ainda mais adrenalina no meu espírito que estava já um pouco fortalecido no momento em que escrevi o último post.

É incrível como o corpo reage em momentos de fraqueza emocional. Realmente inacreditável. Na semana passada, mais precisamente, quinta e sexta-feira. Eu sentia dores que não existiam, carregava um peso extra, que, na verdade, era mais de consciência do que banha, efetivamente.

Não tinha forças para ganhar a rua, mas também não tinha paz para dormir e restabelecê-las. Sofri com um desgaste sem sentido, bobo, tolo, que se durasse mais alguns dias poderia ser fatal.

MAS NÃO FOI.

Ontem eu ganhei a rua às 23:40 horas. Permiti a mim mesmo ficar em paz e feliz comigo mesmo. Acarinhei-me.

Quarenta minutos, intensos. Neste tempo eu brinquei de correr. Deixei o Bento cansado. Enfrentei cada subida com galhardia. Peito arfado, passada correta, curta e ritmada, mas, principalmente, feliz. Senti vontade de acelerar e o fiz quando pude.

A rua não era minha, tive de desviar de doidos que, no adiantado da hora, acham que podem voar sobre tudo e todos. Nada disto tirou o brilho do MEU TREINO, DO MEU MOMENTO COMIGO MESMO. Da minha instrospecção. Do momento de mais concreta certeza de que correr me faz mais feliz. Sinto-me homem forte, ao mesmo tempo criança traquina. Sinto-me belo, poderoso e ao mesmo tempo um grão pequenino de areia que tem sua importância enaltecida por todo o universo.

Não senti o peso extra, ele estava ali, mas ficou quieto, cedeu espaço para algo bem maior do que a mafaldada culpa. Não senti nada de ruim de todo aquele álcool, porque minha cabeça já está limpa e abstêmica.

EU SOU FELIZ CORRENDO. Mas também sou humano, sou fraco e por isso mesmo me ressinto às vezes da maldita síndrome de indigno de sucesso e felicidade. Estas agruras me visitarão com frequência, mas as superarei e serei ainda mais feliz como fui ontem e estou até agora.

Agradeço por este espaço no qual posso gritar ao mundo que EU POSSO E EU PERSISTIREI COM TUDO AQUILO QUE ME FAZ FELIZ!!!!

“Beber, recair, levantar…”

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Poderia ter dado um título bem melodramático, mas nada melhor do que fazer piada da própria desgraça.

O caminho nem sempre é linear, já me disse o amigão Fábio Namiuti, desde o último post tive uma recaída emocional logo depois de tanta euforia pré-carnaval.

Segunda-feira de carnaval saí da linha. Em bom som: enfiei o pé na jaca. Talvez me sentindo poderoso demais com os treinos dos dias anteriores, talvez não sabendo lidar com o sucesso. Só sei que saí da linha. O que me deixou emocionalmente abalado o resto da semana. E quando isto acontece, fico sem controle na alimentação.

Sábado a tarde (com sol alto e a termperatura idem) eu decidi deixar o autoflagelo de lado e RECOMEÇAR MAIS UMA VEZ. Caminhei por 40 minutos e só em alguns deles (os minutos) eu corri. Tentei treinar os saltos educativos, não consegui executá-los, não como eu gostaria.

Domingo eu fui com amigos Edi e Sr. João para o Pico do Jaraguá. Caminhada ritmada com direito alguns trotinhos e dois piques em ladeira. Total 01h40min, caminhando. Senti-me bem e a noite até desejava correr, mas não fui. Alonguei-me bastante e executei bastante apoio (flexão de braço), o que eu gosto bastante.

Sinto-me revigorado e feliz por saber que é só por uma perna na frente da outra, sem pânico, sem compulsão alimentar. Neste fim de semana dei passinhos e já me sinto corredor outra vez. Outras recaídas virão, ainda me sinto inseguro com a nova passada, apesar de notar sua eficiência. Mas é só mais uma de muitas recaídas que vou superar. Eu tenho a ajuda de vocês todos que leêm e verdadeiramente torcem por mim. Tenho a ajuda real do Alex e do Thiago. Tenho a ajuda de Deus. Não vou disperçar nenhuma delas.

Estou de volta. E com o espírito fortíssimo!!!

Folia de carnaval

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O mundo tem conspirado a favor da minha corrida!

Sexta era bem possível que eu não treinaria. Estava cansado e um pouco desacreditado de que pudesse realmente treinar. Mas o Arquivo de Corridas do Fábio mudou aquela triste realidade.

Sábado eu estava certo de que o melhor era fazer, no máximo, uma corridinha leve. A oportunidade surgiu ao meio dia, quando fui encontrar a Mari na casa da Mãe dela. Quatro Km bem leve, poderia ter sido cinco, mas não quis fazer o quinto km, era subida e me exigiria um esforço o qual eu não estava muito disposto a fazer.

No fim da tarde, de forma ainda mais repentina que o blog do Fábio, recebi um convite de um amigo, o Edi, para fazer um treino de corrida em Praia Grande, num legítimo bate-e-volta.

Muito bem. Agora são 11:58 horas e estou em casa, já postando como foi o treino de hoje. Acordei às 04:00 horas. 04:35 estávamos Edy, Sr. Pedro e eu a caminho da Praia Grande, na casa do Sr. João.

Quando digo que o universo está conspirando a favor da minha corrida eu não estou brincando, porque as 05:50 nós fomos comprar pão. A padaria sequer tinha aberto as portas eu sujeito com muita pressa saia de lá com um carro cheio de pães. Era o Dono da Padaria: um ultramaratonista, Ariovaldo Trindade Branco. (achei agora um reportagem sobre ele – http://www.praiagrande.sp.gov.br/pgnoticias/noticias/noticia_01.asp?cod=8812&cd_categoria= ).

Era ou não era para me inspirar ainda mais.

06:30 horas partimos para a praia. Sr. Pedro e Sr. João só caminhariam. Edi e eu seguimos pela ciclovia desde Ocian até o fim da ciclovia, no Forte.

Oito quilômetros de ida em trote cravado. Na volta, com mais 8km, alternamos trote e caminhada. Um mergulho no mar e – não sou ferro – um copo de cerveja geladíssima servido pelo Sr. Pedro, que trouxe de presente uma formosa bolha em sua caminhada de 4 km. Um banho, mais uma cervejinha e voltamos para São Paulo. Treino feito, corpo leve e alma literalmente lavada. MELHOR DO QUE TUDO QUE EU PODERIA TER ESPERADO PARA ESTE CARNAVAL.

Com mais um casal de amigos, irei encontrar logo mais a noite a esposa e filho em Itanhaém. Com o trânsito que vi agora há pouco, em pleno domingo, não imagino como será a volta de todos aqueles carros.

Seria só um treininho…

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Mas foi o meu mais gosotoso GRITO DE CARNAVAL!!

Na quinta-feira o meu amigo Japa não conseguiu se liberar a tempo de um compromisso. Não acontecendo, desta vez, nosso treino conjunto das quintas. E, o adiantado da noite, fez cair sobre mim uma vergonhosa, mas legítima, preguiça. Para quem tinha passado o dia todo desejoso de correr, foi muito chato. Aliás, chatíssimo. Por isso, mesmo não tenho dormido bem nos dias da semana, ontem eu estava decidido a fazer um treininho que fosse. Para garantir, botei a tralha de corrida na mochila logo cedo. Imaginando, talvez, que se tivesse de passar em algum lugar, não seria motivo para cabular o treino.

No meio da tarde, no entanto, dando apenas uma passadinha no Arquivo de corridas do Fábio Namiuti me deparo com um MEGA RELATO DE TREINO LONGO COLETIVO, chamado “Botando o bloco na avenida”, no qual a equipe de corredores amigos “100 Juízo” fez um super treino antecipado, garatindo o longão da semana.

Bem. O capricho e a destreza do Fábio na descrição do evento mecheram comigo. E decidi que eu não poderia, diante daquilo, fazer só um treininho. De bate-e-pronto, planejei e realmente fiz, UM TREINÃO.

Corri 16 km, num percurso planejado. Do escritório, na avenida paulista, até a casa da Mãe da Mariane. Como tinha de ser um treinão, cuidei de estender o caminho em 5 km. Eu estava tão empolgado e decidido que a chuva que caia justo na largada da MINHA corrida não me abalou em nada. Metros depois da partida, porém, a chuva virou garoa e antes mesmo que chegasse no final da paulista, nem chuviscava mais.

Segui decidido, pela Doutor Arnaldo, Heitor Penteado e Aurélia. Perto da Ponte do Piqueri tomei um gel e segui firme. Passos muito curtos, mas constantes. Tinha dúvida de que conseguiria manter aquela frequencia de passadas. De fato, depois do km 12 não conegui, mas segui assim mesmo, caminhei muito nos trechos finais, mas o tempo total do treino, digno de ecoativista radical, foi muito bom. Demorei 02h06min. Eu estava totalmente encharcado de suor. Tomado de uma leveza e um estado de espírito tão bom que só fiz agradecer baixinho ao entusiasmo e incansável trabalho de enaltação da atividade pelo Fábio. Valeu Fabião!

Balada de corredor (em Salvador)

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Segunda feira (ontem). Fui a trabalho para Salvador-BA. Eu queria voltar no mesmo dia, por causa dos outros trabalhos atrasados. Mas em todo o caso, os tênis também foram na mala. E não ficaram apenas nas malas. Fiz duas corridas. Pude fazer um treino a noite muito bom, pela avenida por onde passará os trios elétricos perto da praia. Muita gente correndo. A maioria jovens e saradíssimos. Um treino de aproxidamente 6km que me deixou muito satisfeito. Até ontem ficava receoso dos meus novos e curtos passos. Mas depois de eleger um coelho e acompanhá-lo sem grandes esforços, apenas com foco para não perder o ritmo das passadas. Uns dois quilômetros bem atrás dele, puxei conversa elogiando a camiseta, já tinha visto uma igual há muito tempo a frase (mas em inglês) “O melhor exercício da vida é a corrida de bike”. O nome do meu ditador de ritmo era Wilson. Corredor experiente que regularmente há vinte anos. Papo agradável, que tornou o passeio ainda melhor. Obrigado Wilson.

Hoje o acordei disposto antes mesmo do horário previsto. Eu havia pedido para a recpção do hotel me acordas às 05:00 horas. Antes disso eu já estava de pé e pronto para correr novamente. Sem o horário de verão (que tanto odeio) pude sair com dia já claro. O mesmo percurso, só prossegui mais longe do que no treino anterior. Sozinho e sem agitação da noite anterior, pude sentir o percurso que passa por muito pontos conhecidos como Farol da Barra etc etc.. Percurso que se encaixa dentro do perfeito para o meu atual nível de ansiedade. Muitas curvas e pequenas subidas. Nada de retão sem fim com paisagem igual. Os camarotes já estavam prontos, apenas aguardando o início do carnaval. Corri num só sentido 7km, mas na volta senti as pernas pesadas e uma real impossibilidade de manter o ritmo das passadas curtas. Já me acostumei com a nova aterrizagem. Quando as passadas por minutos, obviamene, exigirão de mim uma enorme insistência. Acredito que percorri 11 km. Muito bom, considerando que os 6km de menos de 12 horas antes, tinha sido num ritmo muito bom para os meus parâmetros. Não vi o pelourinho. O café foi a minha única alimentação decente, tudo um correria com um trânsito infernal que lembrava muito São Paulo. Mas eu corri. E como foi bom!

Hoje serão dois – segunda parte

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Como eu disse no sábado. Eu me sentia muito bem e pretendia correr mais uma vez. E foi exatamente o que fiz. Dezoito e trinta eu corri 6km. Hoje, domingo, achei que não fosse pensar em corrida. Não corri, mas fiquei com muita vontade. Total de treinos na semana: 4. Poderia ter sido mais.

Eu fiz bem em correr apenas 2 km em alguns treinos, porque ao menor sinal de cansaço o corpo (o meu ao menos) quer voltar a correr do jeito de antes. Por isso, a solução é preseistir.

Hoje serão dois

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Acordei as 05:00 horas. Um banho gostoso e 05:30 saí de carro para ir comprar ração para o meu cãopacer, o Bento. Mas eu acordei mal intencionado fui com roupa de corrida. A loja aberta neste horário, só mesmo o Pet Center Marginal. Na volta, como ninguém é ferro parei no Parque da Aclimação para um treino.

Aquecimento, alongamento leve, mais aquecimento e um tiro. Novecentos metros em 05 minutos. Dois minutos de recuperação e mais outro. Humm… Não estou acostumado. Não fiz mais. Seis km entre caminhada, trote e os dois tiros. No fim do dia (agora são 09:30) eu quero fazer um passeiozinho com as pernas de 30 min.

Um ótimo fim de semana de treinos para todos.

EU AMEI O LOGOTIPO QUE O ALECÃO CRIOU. Logo logo são uma equipe uniformizada. Valeu Alecão.

Estou sem tempo de postar

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Cheguei em casa às 00:40 de hoje. Isto mesmo, meia noite e quarenta. Ainda fui com o Bento fazer um treino.
Corri dois 2km.
Suei muito
Acabei de tomar banho as 02:00 horas.
Deitei
Dormi (pouco)
Levantei 05:00 horas
Banho
Terno
e vim trabalhar.

Inicio de temporada – reaprendendo a correr

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Como tenho dito, estou experimentando reaprender a correr. Só tenho a ganhar com o experimento, inclusive no que diz respeito a motivação, tem sido muito instigante.

Até agora foram quatro treinos, todos curtos. Já tinha visto nas entrelinhas do que tinha li por aí que seria prudente recomeçar mesmo, do zero, levinho, mas explicação técnica razoável que seja, eu não tinha. Não tinha, porque o blog xampa corredor me remeteu ao da Thelma (Tripateta – O blog da triatleta 3 x pateta).

Deu-me uma satisfação muito grande ver as razões técnicas de uma estratégia que já tinha traçado para mim. O quarto treino foi ontem a noite, já bastante cansado e com muito sono.

Trecho curto é mais fácil, o bicho vai pegar em treinos mais longos. Vou seguir firme, porque acredito que conseguirei correr de forma mais elegante e mais eficiente, sim.

Apenas dois quilômetros que me fizeram dormir feito criança (quem diria hein Claudião). Vou prosseguir com treinos curtos esta semana, queria ter feito dois treinos de 2km na terça-feira, mas não foi possível. Semana que vem porei a máquina para ferver.

Sem mais delongas, passo para o texto/post da Thelma:

Economia de movimento na corrida Desde que fiz minha primeira avaliação física que incluia o teste ergoespirométrico (que mede a capacidade cardiorespiratória) fiquei sabendo que eu tenho um VO2 máximo normal, na média. O que eu poderia fazer era melhorar em até 15% esse valor através de treinamento e perda de massa corporal. Mesmo assim, a coisa ficaria um tanto quanto pálida para almejar grandes resultados no triathlon ou na corrida.

Mas a gente tem que jogar com as cartas que tem e eu descobri que posso ter bons resultados apenas economizando energia. Um esporte que me é natural (aliás a qualquer ser humano) e que desde a infância tenho facilidade e gosto, é a corrida. Quando participei do programa Cartel Endorfina da Nike, nós tivemos um treinador especial. Ele era também corredor dos 100m rasos. E nos passou técnicas extremamente importantes. Algumas eu já sabia, até mesmo intuitivamente, outras eu incorporei e venho trabalhando para aprimorá-las.

Existe o caso de um corredor australiano chamado Derek Clayton que em 1969 determinou um novo record mundial na maratona que só foi quebrado em 1981. Ele estabeleceu a marca de 2h08min34seg. O que surpreende no seu caso é que ele tinha VO2 max de apenas 69,7 ml/min/kg (mililitros de oxigênio usados por minuto por kilograma de massa corporal) o que é bom mas pequeno se comparado com a capacidade aeróbica de seus colegas corredores contemporâneos, todos entre 77 e 83. Nenhum desses corredores chegou perto do tempo de Derek Clayton, apesar de terem “motores” mais potentes. A razão do sucesso dele era sua economia de movimento. Ele simplesmente gastava menos energia que os outros atletas quando corria.

Existem muitas técnicas que economizam uma montanha de energia (o que resulta em ganhos de tempo maiores conforme a distância aumenta). Dentre elas eu lembro de algumas mais fáceis de entender e de tentar fazer no seu próximo treino. Aliás, é preciso ter muita paciência e persistência nos treinos quando se tenta mudar a técnica, porque o nosso cérebro precisa criar novos caminhos para chegar nos músculos. E isso leva tempo.

Postura Basicamente: barriga pra dentro e peito pra fora. Cabeça, tronco, quadril, pernas, todos na mesma linha, olhando para frente. Braços oscilam na lateral do corpo (nem muito encolhidos no peito nem muito esticados abaixo da cintura) sem cruzar a linha central do corpo, com as mãos na posição de quem está segurando uma taça de champagne. Sem cerrar os punhos. Rosto relaxado. Pra manter uma posição como essa por horas é necessário ter um abdômen (na verdade, todo o core) forte. Mas pra quê tudo isso ? Só porque é bonito? Também….mas mais importante : porque nós utilizamos o corpo todo para a propulsão para frente na corrida. Se os membros superiores não ajudarem, sobrecarregamos as pernas, o que gasta muita energia.

Cadência A cadência, na corrida, é medida geralmente pelo número de vezes que sua perna direita bate no chão em um minuto.
Quando você tenta correr mais rápido, o que faz? Alonga sua passada ou aumenta a cadência ? Se você está alongando sua passada, está perdendo energia.
Quanto mais longa a passada, mais alto fica seu centro de gravidade (porque para dar tempo de abrir mais as pernas é necessário pular mais alto em cada passada). E essa corrida “pulada” tem alguns problemas. Primeiro : a corrida é para frente e tudo que desviar dessa direção é gastar energia desnecessariamente. Segundo : é gastar tempo desnecessariamente. Terceiro : cada vez que seu corpo subir, vai descer com mesma intensidade no solo, multiplicando isso por cada passada, por cada kilometro, por cada treino, por anos, vai ter como resultado uma lesão, no mínimo, chata de curar.
Quanto maior a cadência, menos você vai se deslocar verticalmente e vai tocar o solo mais vezes (que é quando a potência horizontal é aplicada) e vai diminuir o risco de lesões porque suas aterrissagens serão mais suaves.
Os corredores de elite têm, em média, uma cadência de corrida de 90 rpms. Os Quenianos (considerados os corredores mais econômicos do planeta) têm uma cadência de 96 (mais ou menos 2 pontos) em geral. Eu boto fé nos Quenianos.

Contato mínimo com o solo Por que “quicar” os pés no chão é mais eficiente que colocar o pé todo a partir do calcanhar e rolar sobre eles até a ponta para sair do solo ? Tem a ver com a quantidade de força aplicada no chão num breve instante. Quando o pé atinge o solo, já dizia Newton, o solo responde com uma força de mesma intensidade e direção mas de sentido oposto, seu corpo se move então para cima e para frente. A distância que você se desloca para frente é, em parte, determinada por quão rápida essa força foi aplicada. Tempo é um componente importante no cálculo da potência. Conforme o tempo de contato com o solo diminui, a potência aumenta. Foi feito um estudo e se descobriu que, diminuindo em apenas 15 milisegundos o tempo que o pé leva para tocar o solo (em relação à média de tempo que se tinha antes) resulta em uma corrida 3% mais rápida. Em 10k que eram completados em 40min significa a economia de mais de 1 minuto. Em uma maratona de 4horas isso significa cortar em torno de 7 minutos do tempo final. São ganhos significativos para quem apenas diminuiu o tempo de contato de sua passada com o solo (o tempo de um piscar de olhos) ao invés de meses de treino árduo com subidas, intervalados e altas rodagens. Mas para tocar mais rápido o solo é preciso aterrissar ou do meio do pé para frente, ou com a ponta dos pés. Para quem pisa com o calcanhar primeiro, é preciso ter muito cuidado porque seus tendões e músculos, que sustentam a pisada do meio do pé para frente, não estão preparados. É necessário tempo e treino para mudar isso. Aliás, é necessário um par de tênis também adequado. Mas isso fica para um futuro post.

O modo mais eficaz de mudar a técnica é através de exercícios educativos. Os melhores corredores sempre treinam técnica antes e depois dos treinos. Vale a pena

Início de temporada – Cuidados básicos – continuação

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Resultado da consulta. Saí de lá com um pedido de exames de sangue completo, bem como de urina. Teste de esforço me foi dito pelo médico que não há necessidade, agora. E que eu posso treinar corridas a vontade, desde que com o bom senso.

Bem, como em time que está ganhando não se mexe. Seguirei com a estratégia de só me pesar na balança do médico. Mesmo com as farras alimentares sobre as quais falei, o saldo dos últimos dois meses é POSITIVO. Quatro quilo menos do que a pesagem de 27.11.09. Estou com exatos 102 quilos. Vinte e sete quilos menos do que pesei em 08.07.09.

Só me pesarei novamente em 04 de abril, quando retornarei com o resultado dos exames. Até lá: foco.

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