Nesta página você se divertirá com as hilariantes e/ou sábias “frases dundescas” e os episódios que lhes deram vida.
(Espera-se, aqui, mais frases, inseridas por todos os sitiantes Dundes. Claudio)
Na semana passada, na sexta-feira, fui ao sítio do vô e da vó visitar minha querida tia Sandra.
Como sempre, prostradas nas cadeiras da velha varanda, rodeamos o vô, enquanto a vó Iracema, procurava, insistentemente, algum pestico pra nos servir (massa de pão frito…hum…); animadamente, sob códigos, trocamos ligeiras confidências debaixo do olhar atento do vô Tonico, que fingia não nos entender. Talvez não tenha entendido mesmo, já que agora tem uma certa dificuldade para ouvir.
O caso é que ele estava arretado, “bufando” … Pois, ainda não havia se esquecido de que na manhã tentara fazer a barba quando notou o sumiço da sua sacola, onde guarda sua navalha, seu pincel e amolador de navalhas, que sempre estivera pendurada num dos inúmeros pregos, ao lado dos chapéus, dos caldeirões, do chicote, corda, cesta, e inúmeras outras sacolinhas que ornam a varanda da vó …
Dizia ele:
– Não vou mais fazer a barba! Onde já se viu tirar a sacola do lugar!
Inconformado, continou:
-Como é que alguém pode tirar do lugar uma coisa que não lhe pertence?
Como é que puderam jogar a sacola dentro do forno de lenha?
-Não farei mais a barba!
Procurando apaziguar os humores do avô enfurecido, concordamos, que sim, ele tinha toda razão em estar nervoso…
– O culpado aparecerá vô! Disse-lhe eu.
Sabiamente, a Sandra se adiantou: -Não, não aparecerá!
E vô explicou:
-Só gostaria de saber quem foi que jogou no forno a minha sacola, que sempre ficou ali, para não culpar um inocente.Mas não descobrirei, ‘filho feio não tem pai‘!
E emendou:
– Aqui não é casa de Pedro!
E eu, – Mas por que casa de Pedro vô?
Ele: – Em casa de Pedro, todo mundo põe o dedo
…
Meus queridos, espero que o vô não sabia que escrevi esse causo, assim nesse tom…
Vocês sabem que ele se ofenderia. Mas, sabem também que isso é uma forma de homenagêa-lo, de registrar seus sábios dizeres…
Pararei por aqui, mas a prosa, sobre as duas frases, continuou lá naquelas cadeiras que vocês conhecem bem…
O vô Tonico, com sua sabedoria de 86 anos, nos explicou seus significados… mas vocês, reflitam…ou perguntem a ele…
16/ jan de 2006. (Donana)
- Antes antes do que nunca
- Autor do dito: Claudio
Episódio: 20 de junho de 1993. Estava o Claudio numa de suas dominicais conversas com a Ana, quando lembrou-se que no dia seguinte seria o natalício de sua amada irmã. Sem dar-se conta porém da onipresença de Adriana, Alex e Alessandra, dos quais aos ouvidos não escapam o menor deslize que seja (que dirá das sandices do Claudio), disse à irmã:
– Aproveitando o ensejo desta ligação, parabéns pelo seu aniversário que será já amanhã.
Indignada, Ana respondeu que parabéns adiantados não lhe valiam de nada. Imediatamente, e sem perder a pose, o Claudio, do ponto mais alto de sua sapiência, lançou:
– Ora, Ana, antes antes do que nunca…
Imagine só se por um acaso essa pérola passaria despercebida aos ouvidos do Adriana, Alex e Alessandra. Não mesmo. Esse dia ficou marcado para sempre como o dia em que o Cláudio achacou o velho ditado que diz antes tarde do que nunca, por conta de uma leviana tentativa de justificar a sua preguiça de ligar para a Ana, no dia do aniversário dela.
- Desculpa! Ligou tudo errado.
- Autora do dito: Adriana
Episódio: Agosto de 1993. Noite afortunada porque o Claudio trouxera a feliz notícia de que passara no vestibular (já não era sem tempo). Contentamento e orgulho tomaram conta de todos da família Braz. Em meio a tanta euforia, Adriana, a primeira filha, no ímpeto de dividir sua alegria com a tia Toninha (mãe do Cláudio), sacou num “trás (!)” o telefone, disparando dedadas em tudo que é número que mecanicamente entendia ser o correto. Tal não foi sua decepção, quando, segundos depois, constatatou ter ligado num número que em tudo e por tudo não era o da tia Toninha. Desenxabida da vida, disse a um qualquer que se encontrava do outro lado da linha:
– Desculpa! Ligou tudo errado.
Desde então, na família Braz, toda vez que um Dundes que presenciou o fato se atrapalha ao fazer afoitamente alguma coisa, é imediatamente repreendido com a indecorosa sentença: “Desculpa! Ligou tudo errado.”
- Vamos na quermesse ver a minha Mãe comer fogazza?
- Autora do dito: Adriana
Episódio: A Adriana que de tão faminta, comeu uma “vírgula” e um “e”.
- Esses meus dois irmões!
- Autora do dito: Alessandra
Episódio: Faz muito tempo, aliás, não teria sido nada demais esta escorregadela da Alessandra, se não tivesse sob os indecorosos ouvidos de Adriana, Alex e Claudio, quando, por um motivo qualquer fez um acidental e infeliz comentário sobre as manhãs e manias de Claudio e Alex.
- Eu ainda acho que foi o líquido dentro da garrafa!
- Autor do dito: Braz
Episódio: Resposta do Tio Braz a Adriana que fez o seguinte comentário: A melhor coisa que a Coca-Cola fez foi essa tampinha de rosca
- Qualquer coisa é a mesma coisa quanto mais principalmente.
- Autor do dito: Claudio
Episódio: (Quem não se encheu desta hein!).
Idos de 1996. Tempo em que o Claudio e mais cinco estudantes estagiavam no CRECI/SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). Numa determinada semana tiveram a companhia de uma estagiária vinda do CRECI/SE. A menina era arretada que só vendo. Uma figura. Toda vez que alguém dizia algo que para os ouvidos dela soava muito estranho ou complicado, em vez de dizer que não entendeu nada, ela simplesmente respondia:
“Qualquer coisa é a mesma coisa quanto mais principalmente”.
A aracajuense dizia também, que isso calhava muito bem para despistar chatos que, em festas, insistem em discutir “s*xo dos anjos”. Por essas e outras, foi impossível a quaisquer dos estagiários, não adotar tão sábia anedota. (Claudio)
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