Evento mais do que digno de nota, porque a Adriana foi a primeira, repita-se, primeira administradora de empresas, dentre os Dundes. Motivo de orgulho para toda família, especialmente para a do Braz.
A noite de gala prometia tanto, que a Adriana mandou vir diretamente de Regente Feijó, o mais ilustre dos padrinhos, Claudio – só não lhe passava pela cabeça que o seu particularíssimo Carlinhos de Jesus viria de mala, cuia, bomba e erva, para sua casa. E veio mesmo.
O clima de festa começara desde a manhã do dia 19 de fevereiro. Neste dia, quando dirigia-se para estação ferroviária de São Caetano Sul, pilotando graciosamente o seu vermelhíssimo e perolizado “escort Guia 1.8″, a Adriana trajava um belo vestido claro, salpicado de pequeninas e delicadas flores, era leve, mas elegante, duma praticidade ímpar, porque os seus botões de cima a baixo poderiam transformá-lo numa linda toalha de mesa em fração de segundos.
E para quê? Pergunta afoito o visitante desta página.
Para pegar o jeca e chucro Cláudio que estava pálido, só porque tivera que sair de dentro da estação pela não muito nova passagem giratória, que segundo ele passagem aquilo não era não, era, isto sim, um apavorante palitador de batatas fritas, gigante.
Seguiram-se dias de carnaval, os quais merecem página própria para registrar tantas asneiras e sandices que se perpetraram em meio a sintomática e autômata repetição do “Aê Aê Aê ê ê ê ê ôôôôôôô! Salve Salvador…patecputopac… tudo por amor, eu sou do terror…” . Dentre elas, as asneiras, destaca-se a mais dundesca das frases: “Que São que é aqui?”
E o baile? Insiste impaciente o visitante.
O baile aconteceu, mas não sem antes a Adriana levar os patéticos Claudio e Alex a uma locadora de trajes finos para festas, bailes e afins. Lá corria tudo muito bem, também não fosse o fato do Alex não acreditar na beleza e caimento do costume que lhe deram para prova. Pudera! Ele o experimentara usando apenas camiseta, cueca e meias. Como poderia, então, cair-lhe bem o costume? Deus do céu!
No baile correu tudo às mil maravavilhas. O Páscoa teve de trocar a calça jeans no seu minúsculo fiat 147, para poder entrar no Olímpia; a Adriana não estranhara as roçadelas na barba do Braz, porque, afinal, ele já a usava há uns bons dezessete anos, enfim, foi tudo lindo e perfeito. O Claudio? Este só não foi um vexame completo porque, para sua sorte, a pista de dança estava tão cheia, mas tão cheia, que o máximo que se valsavam ali, eram as cabeças por sobre os ombros dos seus respectivos pares.
(Quem lembrar de mais alguma coisa do baile é só continuar a contação. Claudio – 28.10.2004)
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